Trump está desapontado com o Departamento de Justiça norte-americano
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou-se hoje "desapontado" com o Departamento de Justiça e não descarta a possibilidade de demitir o procurador-geral Jeff Sessions se este não abrir uma investigação ao Partido Democrata.
© Reuters
Mundo Estados Unidos
"Honestamente, deveriam estar a olhar para os democratas", disse Trump aos jornalistas na Casa Branca, antes de partir para uma viagem de 12 dias ao continente asiático.
Os comentários surgem após o Presidente norte-americano ter lançado hoje de manhã, através da rede social Twitter, um ataque contra a sua adversária na campanha presidencial de 2016, Hillary Clinton, e o Comité Nacional Democrata (DNC, sigla em inglês).
"A trapaceira Hillary (Clinton) comprou o DNC e depois roubou as (eleições) primárias dos Democratas do louco Bernie (Sanders)!", escreveu Trump, acrescentando que esta é a "real história sobre o conluio".
Questionado se despediria Sessions se o Departamento de Justiça não concentrasse os seus poderes de investigação nos Democratas, Trump respondeu que não sabia.
"Muitas pessoas estão desapontadas com o Departamento de Justiça, incluindo eu", sublinhou o Presidente norte-americano.
Hoje, mais cedo, Trump disse que o povo norte-americano "merecia" ver uma investigação federal sobre Hillary Clinton e o DNC sobre um acordo conjunto de angariação de fundos assinado em agosto de 2015.
A acusação de Trump baseia-se na publicação do órgão de comunicação norte-americano Politico, sobre um trecho do livro da ex-presidente do DNC, Donna Brazile.
A ex-presidente do DNC alegou que encontrou "provas" de que as eleições primárias dos Democratas de 2016 foram manipuladas a favor de Clinton. Brazile declarou acreditar que nenhuma lei foi violada, mas que o acordo de financiamento "não lhe pareceu ético".
No final de quinta-feira, Trump divulgou no Twitter, sem evidências, que acreditava que os democratas haviam agido "ilegalmente".
Nos 'tweets' de hoje, Trump destacou as críticas ao DNC da senadora de Massachusetts, Elizabeth Warren, a quem chamou de "Pocahontas".
O Presidente norte-americano também instou as autoridades federais a lançar uma investigação.
"Vamos lá FBI (Escritório Federal de Investigação) e Departamento de Justiça", escreveu Trump na rede social.
O acordo de angariação de fundos, assinado em agosto de 2015 durante o processo das eleições primárias, de acordo com Brazile, foi pouco habitual e deu à campanha de Clinton alguma influência sobre as decisões do DNC.
Meses depois, o principal rival de Hillary Clinton nas eleições primárias dos Democratas em 2016, o senador independente Bernie Sanders, assinou o seu próprio acordo com o Partido Democrata.
Trump e sua campanha presidencial são objetos de uma vasta investigação por parte do ex-diretor do FBI e atual advogado especial Robert Mueller, sob a supervisão do Departamento de Justiça.
A Casa Branca já tentou tirar o foco desta investigação, que se centra no alegado conluio entre a campanha de Trump e o Governo russo, e passá-lo para Hillary Clinton e a sua campanha presidencial.
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