Candidatas a Miss Peru impõem-se contra violência sobre mulheres
As mulheres mais belas do Peru trocaram os números do corpo pelos números de violência contra as mulheres.
© Reprodução
Mundo Direitos Humanos
Durante o concurso Miss Peru 2017, as candidatas uniram-se contra a violência de género. Quando chegou ao momento de se dirigirem à plateia para dizer as medidas do seu corpo, as candidatas mais belas do país optaram por referir os números referentes à violência contra as mulheres.
Cada candidata listou as estatísticas sobre a violência no país. “O meu nome é Camila Canicoba e represento a Lima. As minhas medidas são 2.202 casos de feminicídio”, disse a primeira.
“Saudações de Almendra Marroquín. Represento Cañete e as minhas medidas são: mais de 25% das raparigas e adolescentes são abusadas na escola”, disse outra.
A iniciativa que quebrou a tradição partiu da organizadora do concurso e antiga miss, que pediu para dedicarem o evento a dar força às mulheres, num país em que a violência de género bate recordes.
“3.114 vítimas femininas de tráfico humano foram registadas desde 2014” foram as medidas da eventual vencedora do Miss Peru 2017, Romina Lozano.
As candidatas chamaram a atenção para o tema noutro momento do concurso. Ao desfilarem de fato de banho tinham como pano de fundo recordes de notícias sobre feminicídios e fotografias de mulheres agredidas.
O concurso terminou com cada mulher a ser questionada sobre o que fariam para combater a violência de género no país. As notícias sobre a iniciativa correram o mundo, com tal força que deram origem a uma hashtag no twitter #MisMedidasSon, que durante a noite do concurso foi um dos tópicos que esteve no trending da rede social.
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