Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
18º
MIN 13º MÁX 19º

Número de vítimas de assédio por James Toback subiu para mais de 300

O número de alegadas vítimas de assédio sexual por parte do argumentista e realizador norte-americano James Toback passou de 38 para mais de 300 numa semana, na sequência de uma reportagem publicada no Los Angeles Times.

Número de vítimas de assédio por James Toback subiu para mais de 300
Notícias ao Minuto

23:35 - 28/10/17 por Lusa

Mundo Acusação

No domingo passado, o Los Angeles Times publicou uma reportagem na qual 38 mulheres acusavam James Toback, nomeado para os Óscares com o argumento de "Bugsy" (1991), de assédio sexual.

Entretanto, no final desta semana, o autor da reportagem, Glenn Whipp, anunciou na sua conta na rede social Twitter que o número de mulheres que o contactaram para contarem a sua experiência "subiu para 310".

Entre as alegadas vítimas de James Toback estão as atrizes Selma Blair, Rachel McAdams e Julliane Moore. Selma Blair e Rachel McAdams partilharam as suas experiências com a revista Vanity Fair, segundo a qual, as duas "contam histórias bastante parecidas sobre o 'modus operandi' de James Tocback -- os pedidos para se encontrarem em quartos de hotel, elogios sobre as capacidades de representação e a promessa de um papel no filme 'Harvard Man' (2001)".

Entre as 31 mulheres ouvidas pelo Los Angeles Times que se identificaram estão a guitarrista e vocalista da banda Veruca Salt, Louise Post, e a atriz Terri Conn, da série "As the world turns".

Muitas das alegadas vítimas dizem que Toback as abordou na rua, em Nova Iorque, prometendo-lhes estrelato. De acordo com os testemunhos, James Toback marcava depois reuniões com as mulheres, que terminavam com questões de cariz sexual ou com o realizador a masturbar-se ou a simular atos sexuais com as mesmas.

O argumentista e realizador, de 72 anos, negou as acusações, em declarações ao jornal, dizendo que nunca conheceu nenhuma das mulheres que o acusam ou que se contactou com elas "foi durante cinco minutos" e não se recorda.

À Vanity Fair, Selma Blair contou ter sido uma das mulheres que falaram com o repórter do Los Angeles Times, com a condição de o seu nome não ser divulgado. A atriz contou que, depois do que aconteceu em 1999, o realizador e argumentista a ameaçou de morte e que, desde então, só partilhou o que se passou com duas pessoas.

"Quando ele chamou mentirosas a estas mulheres e disse que não se lembrava de as ter conhecido, senti raiva e a obrigação de falar publicamente no assunto", disse a atriz à revista.

Rachel McAdams contou que, quando tinha 21 anos, James Toback convidou-a para ir até um quarto de hotel, intimidou-a e disse-lhe que se tinha masturbado a pensar nela.

Contactado pela Vanity Fair, publicação para qual escreveu em tempos, James Toback disse não ter comentários a fazer sobre as acusações.

A acusação de Julianne Moore foi feita na página oficial da atriz no Twitter, em mensagens dirigidas ao repórter do Los Angeles Times.

"James Toback dirigiu-se a mim na década de 1980 na Columbus Avenue com a mesma linguagem -- queria que fizesse uma audição, fosse ao seu apartamento. Eu recusei. Um mês depois fez o mesmo com a mesma linguagem. Eu disse: não se lembra de já ter feito isto antes?", lê-se na página da atriz.

As acusações de assédio sexual a James Toback surgiram pouco tempo depois da publicação, pelo New York Times, de um artigo segundo o qual o produtor norte-americano Harvey Weinstein alcançou, durante décadas, uma série de acordos extrajudiciais para pôr termo a denúncias de assédio sexual, as quais remontam à década de 1990.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório