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Imigrante de 10 anos com paralisia cerebral detida a caminho de cirurgia

A menina foi viver para os Estados Unidos com apenas três meses.

Imigrante de 10 anos com paralisia cerebral detida a caminho de cirurgia
Notícias ao Minuto

10:35 - 26/10/17 por Notícias Ao Minuto

Mundo Estados Unidos

Uma menina de 10 anos com paralisia cerebral foi detida pelas autoridades federais de imigração no Texas, depois de ter passado por um posto de controlo da patrulha fronteiriça a caminho do hospital para ser operada de urgência à vesícula biliar.

A criança, Rosamaria Hernandez, que foi trazida ilegalmente para o país com apenas três meses, vivia em Laredo, no Texas e estava a ser transferida de um centro médico para um hospital quando a ambulância onde seguia foi mandada parar, conta o NYTimes.

Os agentes fronteiriços consentiram que a menina continuasse o percurso, desde que seguissem a ambulância até ao hospital na cidade vizinha de Driscoll.

Durante toda a cirurgia e recobro, vários agentes armados faziam turnos fora do quarto de hospital. Depois, segundo familiares e pessoas envolvidas no caso, apesar de os seus pais viverem a 240 km do hospital, levaram Rosamaria para instalações para onde são levadas e detidas crianças imigrantes ilegais que chegam sozinhas aos Estados Unidos.

As circunstâncias especiais do caso chamaram a atenção, porque apesar de o governo federal ter estes centros de detenção, bem como centros para imigrantes ilegais adultos que planeia deportar, e instalações para famílias que chegam juntas à fronteira, é raro que uma criança a viver nos Estados Unidos seja detida, especialmente uma com uma doença considerada grave.

Aurora Cantu, familiar que acompanhava Rosamaria na ambulância, relatou que os agentes de imigração tentaram persuadir a família a transferir a menina para um hospital mexicano. Um pedido que foi rejeitado pela família, pois os pais da menina de 10 anos mudaram-se para o Texas vindos de Nuevo Laredo, no Mexico, a cidade exatamente do outro lado da fronteira, apenas para tentar conseguir melhor tratamento para a filha devido à sua condição de saúde.

Depois da cirurgia, os médicos recomendaram que Rosamaria fosse deixada à responsabilidade de um familiar por causa da sua doença. No entanto, a agência de imigração não consentiu libertá-la.

O caso desta menina de 10 anos é provavelmente o exemplo mais extremo do dilema que persegue imigrantes ilegais que vivem perto dos pontos de controlo fronteiriços: obter cuidados médicos especializados implica ir a médicos e hospitais mais a norte do Estado, mas passar pelos postos de controlo pode implicar serem detidos e deportados.

Essa foi mesmo a razão para os pais de Rosamaria não a acompanharem na ambulância, mas antes a sua prima, uma cidadã norte-americana.

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