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EUA reduzem ajuda ao exército devido à violência contra rohingyas

Os Estados Unidos anunciaram hoje que vão reduzir mais a ajuda às unidades e aos oficiais da Birmânia (Myanmar) envolvidos na violência contra a minoria muçulmana rohingya, que está a causar um êxodo para o Bangladesh.

EUA reduzem ajuda ao exército devido à violência contra rohingyas
Notícias ao Minuto

13:35 - 24/10/17 por Lusa

Mundo Birmânia

"Expressamos a nossa mais profunda preocupação com os recentes acontecimentos no estado de Rakhine e os violentos abusos traumáticos que sofreram os rohingyas e outras comunidades", disse, em comunicado, a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, anunciando uma série de medidas punitivas.

"É imperativo que qualquer pessoa ou entidade responsável pelas atrocidades, incluindo atores não-governamentais e vigilantes, sejam responsabilizados", afirmou a porta-voz.

Heather Nauert anunciou novas medidas, "além das restrições existentes", em relação às forças armadas birmanesas, e do embargo dos Estados Unidos que já existe "de longa data sobre todas as vendas de equipamentos militares".

Entre estas medidas estão a suspensão do exame de dispensas de viagem para altos funcionários militares da Birmânia e o cancelamento de convites a altos funcionários de segurança da Birmânia para participarem nas atividades patrocinadas pelos Estados Unidos.

Os Estados Unidos também anunciaram planos para introduzir "medidas económicas específicas" contra indivíduos ligados às "atrocidades".

Numa mensagem colocada na rede social Facebook, o chefe do exército birmanês, o general Min Aung Hlaing, reagiu hoje denunciando "as declarações e acusações tendenciosas contra a Birmânia e suas forças de segurança", considerando-as "completamente falsas".

Os líderes do exército birmanês são "responsáveis" pela crise da minoria muçulmana rohingya, disse o secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, na quarta-feira passada.

De acordo com dados das Nações Unidas, mais de 580 mil muçulmanos rohingyas fugiram da Birmânia desde 25 de agosto para o vizinho Bangladesh.

Esta crise começou quando milícias rohingyas se rebelaram, denunciando os maus-tratos sofridos pela minoria na Birmânia, e atacaram esquadras da polícia no final de agosto, resultando numa severa repressão por parte do exército birmanês.

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