Papa lamenta situação das crianças rohingyas refugiadas no Bangladesh
O papa Francisco, que visita a Birmânia (Myanmar) no final de novembro, lamentou hoje a situação de abandono em que se encontram cerca de 200 mil crianças rohingyas refugiadas nos campos no Bangladesh.
© Reuters
Mundo Myanmar
Há "800 mil refugiados" desta minoria muçulmana nos campos, incluindo "200 mil crianças", disse o papa durante a missa que celebra todas as manhãs na residência de Santa Marta.
"Eles têm pouco para comer, estão subnutridos e estão sem cuidados médicos. Isto está a acontecer hoje", lamentou o pontífice na sua homilia, criticando essencialmente "os homens obcecados pelo dinheiro e incapazes de serem tocados pelo destino destas crianças famintas".
Trata-se de uma "idolatria que mata", que faz "sacrifícios humanos", disse Francisco na homilia, que teve trechos divulgados pela Radio do Vaticano.
O papa referiu que estas crianças estão "com fome, sem cuidados médicos, sem educação e estão abandonadas".
Francisco deverá visitar a Birmânia entre 27 e 30 de novembro, uma visita sem precedentes a um país maioritariamente budista e onde está a ocorrer um conflito sangrento entre as autoridades birmanesas e a minoria rohingya, de quem o papa tomou a defesa.
O papa já mencionou, várias vezes, a sua tristeza pela perseguição desta minoria muçulmana, falando a milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro.
Mais de meio milhão de rohingyas fugiram para o Bangladesh desde o final de agosto, juntando-se a outros 300 mil que já se encontravam naquele país, após outras ondas de violência sem precedentes contra esta minoria na Birmânia.
Depois da Birmânia, o papa visitará o Bangladesh, entre 30 de novembro e 2 de dezembro. Não há visitas previamente agendadas aos campos de refugiados.
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