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Carro bomba que matou jornalista foi detonado com um telemóvel

Daphne Carruana Galizia, de 53 anos, foi morta na segunda-feira com a explosão de um carro bomba.

Carro bomba que matou jornalista foi detonado com um telemóvel
Notícias ao Minuto

16:44 - 23/10/17 por Notícias Ao Minuto

Mundo Malta

As autoridades acreditam que a bomba que matou a proeminente jornalista em Malta e que estava presa à parte inferior do seu carro, foi acionada remotamente através de um telemóvel, referiu um porta-voz do Governo.

Daphne Caruana Galizia, uma conhecida blogger e crítica do governo maltês, morreu na semana passada numa explosão, que destruiu o seu carro quando ia sair de casa, e que espalhou os destroços e partes do corpo por um descampado próximo.

“Provas recentes fazem-nos acreditar que a bomba foi colocada na parte inferior do carro e acionada remotamente”, afirmou a porta-voz, acrescentando que especialistas estrangeiros serão chamados para ajudar a identificar o telemóvel usado para detonar a bomba.

O assassinato chocou a ilha mediterrânica e o primeiro-ministro Joseph Muscat prometeu na quarta-feira uma recompensa a quem avançasse com informação sobre a morte.

Apesar disso, os três filhos adultos de Daphne dispensaram a oferta e pediram antes a demissão de Muscat, afirmando que deveria antes assumir responsabilidade política pelo primeiro assassinato de uma jornalista em Malta desde que a ilha se tornou independente em 1964. Joseph Muscat rejeitou a hipótese de se demitir e voou para Bruxelas no dia seguinte para uma cimeira europeia.

Numa conferência de imprensa, o comissário da polícia responsável negou que a polícia britânica se fosse juntar aos investigadores forenses holandeses e a uma equipa do FBI que está a ajudar no caso, contradizendo o que a porta-voz do primeiro-ministro havia afirmando até então, conta o Daily Mail.

O comissário informou que até agora não foram feitas detenções e afirma que é demasiado cedo nas investigações para discutir possíveis motivações, pois deverá demorar semanas para conseguirem recolher todas as provas.

A ilha tem tido um número de ataques bomba relacionados com criminalidade de gangs, mas os explosivos usados seriam relativamente rudimentares e não teriam a mesma potência que a bomba que matou a jornalista.

Os investigadores estarão a procurar semelhanças entre os outros carros-bomba em Malta nos últimos dois anos, nenhum desses casos foi até agora solucionado.

Daphne era responsável por um blog muito popular onde divulgava casos de alegada corrupção, normalmente envolvendo políticos da ilha mediterrânica de Malta.

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