Cidadãos defende aplicação da Constituição para "proteger os catalães"
O presidente do partido espanhol Cidadãos, Albert Rivera, defendeu hoje a necessidade de "aplicar a Constituição" para "proteger os catalães" e "restituir a convivência, a estabilidade económica, a segurança política e cidadã".
© Reuters
Mundo Declarações
"Para restituir a convivência, para restituir a estabilidade económica, a segurança política e também a segurança cidadã é fundamental que apliquemos a Constituição", afirmou, numa declaração, o líder do Cidadãos.
"Há que aplicar a Constituição para proteger os catalães", disse Rivera, ele próprio nascido na Catalunha.
O líder do Cidadãos defendeu a realização de eleições "legais, democráticas e autonómicas" na Catalunha a 28 de janeiro para "restabelecer a democracia", rejeitando assim uma gestão de governo "sine die" à frente da Generalitat (governo regional catalão).
Rivera admitiu que se o presidente da Generalitat, Carles Puigdemont, se comprometesse hoje mesmo a convocar eleições regionais "sem boicotes", teria de se reequacionar a aplicação do artigo 155.º da Constituição, mas disse que esta opção "não é realista" dadas as últimas atuações do executivo catalão.
O responsável defendeu que todas as formações podem apresentar-se às eleições, incluindo as que defendem a independência da Catalunha: "O problema não é defender a independência, se for de modo democrático, o problema é saltar as leis".
Rivera afirmou que a Generalitat está "em rebelião" e acusou Carles Puigdemont e Oriol Junqueras, presidente e vice-presidente do executivo regional, de terem "liquidado o Estatuto [de Autonomia da Catalunha] e a Constituição".
"Desprezam profundamente a maioria dos catalães, não nos consideram parte do povo da Catalunha, não respeitam os parlamentares da oposição democrática, pretendem apontar aos dissidentes, dizendo que os catalães que querem continuar a ser espanhóis e europeus não fazem parte da Catalunha", disse.
"Quero dizer ao senhor Puigdemont que o povo de Catalunha somos todos os catalães, mas sobretudo os que tomamos decisões e que votamos e que queremos voltar a votar", afirmou.
O Governo espanhol decidiu hoje assumir a gestão corrente do executivo regional da Catalunha, o que inclui a competência de dissolver o parlamento regional e convocar eleições no prazo de seis meses.
As medidas foram acordadas entre o executivo de Madrid, o PSOE (líder da oposição ao Partido Popular, no governo) e com o Cidadãos.
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