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Revolução russa: Celebrações são oportunidade para "reconciliação"

O embaixador da Rússia em Portugal, Oleg Belous, defendeu hoje que a celebração dos 100 anos da Revolução russa é uma oportunidade para promover uma análise "profunda, honesta e imparcial" desses acontecimentos e uma maior reconciliação no país.

Revolução russa: Celebrações são oportunidade para "reconciliação"
Notícias ao Minuto

09:58 - 21/10/17 por Lusa

Mundo Embaixadores

"O centésimo aniversário das revoluções é uma oportunidade emblemática e importante para se prestar atenção, mais uma vez, às causas e à própria natureza do movimento revolucionário na Rússia", assinala o representante diplomático de Moscovo numa declaração por escrito à Lusa.

O diplomata recorda a existência de dois processos revolucionários em 1917, em fevereiro e outubro, o primeiro que implicou a abdicação do czar e o segundo, em 25 de outubro (07 de novembro no calendário atual) a vitoriosa insurreição bolchevique, no contexto da I Guerra Mundial.

Perante estes acontecimentos, que marcaram em definitivo a história do século XX, o embaixador da Rússia salienta a "análise profunda, honesta, imparcial daqueles acontecimentos" que tem decorrido no país, numa espécie de necessidade de reconciliação com a História e as suas contradições.

"As lições da História permitem promover uma ampla discussão na sociedade que, como é de esperar, possa levar a uma maior reconciliação e solidariedade em torno das revoluções, ajudar a livrar-se de antigos ressentimentos, divisões e especulações", sublinha Oleg Belous.

Deste modo, afirma ainda no seu testemunho, a associação "Sociedade de História da Rússia" -- "entidade com uma longa e digna história, nascida ainda no século XIX e restabelecida já no século XXI" -- e a quem foi atribuída a tarefa e promover a "reconciliação e solidariedade em torno das revoluções", criou um comité organizador para a promoção das efemérides.

"Este organismo, composto por notórios historiadores, cientistas, representantes de círculos académicos, diretores de museus, arquivos, bibliotecas, organizações sociais e de educação, elaborou no início de 2017 um plano de eventos para comemorar as revoluções de 1917. O mesmo abrange dezenas de eventos de vários tipos -- conferências, exposições, publicações, mostras, etc. -- a serem realizados, ao longo do ano, tanto no território russo como no exterior", explicitou o embaixador da Rússia.

Oleg Belous aludiu ainda a diversos eventos que a embaixada da Rússia pretende promover em Portugal, numa tentativa de dar a conhecer as consequências de 1917 e o seu legado para a Rússia, a Europa e o mundo, mas sem concretizar.

"Ao mesmo tempo, prestamos atenção aos [eventos] que já foram e continuam a ser realizados em 2017 pelas entidades portuguesas interessadas, vários eventos dedicados ao centenário das revoluções russas. Incluem-se, entre elas, institutos e universidades, organizações não-governamentais, centros de cultura e de história, meios de comunicação social -- tanto em Lisboa, como em outras cidades. É uma demonstração clara e positiva do crescente interesse dos portugueses nos acontecimentos na Rússia em 1917", concluiu.

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