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Mariano Rajoy diz que "situação-limite" obriga Governo a atuar

O presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, assegurou hoje que na Catalunha se chegou "a uma situação-limite" que obriga o executivo a atuar e confessou ter a sensação de que "isto era o que alguns pretendiam".

Mariano Rajoy diz que "situação-limite" obriga Governo a atuar
Notícias ao Minuto

14:17 - 20/10/17 por Lusa

Mundo Catalunha

Numa conferência de imprensa à margem do Conselho Europeu, que decorre em Bruxelas, Rajoy não confirmou se acordou acordado com os socialistas (PSOE) uma aplicação do artigo 155.º da Constituição com o objetivo de convocar eleições na Catalunha para janeiro, como revelou a secretária da Igualdade do PSOE, Carmen Calvo, remetendo esse anúncio para sábado.

"Todas as medidas que adotarmos serão anunciadas amanhã [sábado]", depois da reunião do Conselho de Ministros para ativar a aplicação do artigo 155.º, que suspende a autonomia da Catalunha, uma medida sem precedentes na história espanhola.

Rajoy deixou claro o seu repúdio perante a atuação da Generalitat: "Não defendo as posições do governo catalão, mas creio que as defendeu francamente mal. Não se pode dar mais facilidades do que aquelas que lhes foram dadas", disse, depois de reiterar que apenas exigiu às autoridades catalãs que dissessem que não tinham declarado a independência, quando o presidente catalão, Carles Puigdemont, compareceu perante o parlamento regional, na semana passada.

Além disso, prosseguiu, a Generalitat tomou um "sem-fim" de decisões contra o Estatuto da Catalunha e a Constituição espanhola fora da lei, acrescentando: "Isso, logicamente, obriga-nos a agir".

Questionado se o Governo de Madrid partilha com o PSOE e com os Ciudadanos (centro-direita) que a aplicação do artigo 155.º deve ser limitada, Mariano Rajoy disse que todas as medidas decorrem do acordo com aqueles dois partidos e "cada um que as qualifique como considerar conveniente".

Rajoy insistiu que a utilização do artigo é uma medida que o executivo espanhol toma "em última instância" perante uma situação em que se "fere a lei" e se "liquida o Estado de direito".

"O objetivo é duplo: o regresso à legalidade e a recuperação da normalidade institucional", justificou, recordando que apenas há três dias o Tribunal Constitucional voltou a declarar ilegal a lei do referendo aprovada na Catalunha.

"Chegámos a esta situação porque quiseram que chegássemos a esta situação", comentou.

O chefe do Governo espanhol advertiu que a atual situação de instabilidade na Catalunha pode afetar gravemente o crescimento económico e a criação de emprego por causa das "decisões irresponsáveis" de políticos "que foram incapazes de estar à altura das circunstâncias".

O governante espanhol referiu que a crise catalã apenas foi discutida à margem do encontro de líderes europeus, uma vez que o impasse é um assunto interno de Espanha, mas comentou que os seus parceiros partilham da sua preocupação de que as autoridades separatistas catalãs agiram contra o Estado de direito e a democracia.

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