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Catalunha: May junta-se ao apoio europeu ao Governo de Espanha

A primeira-ministra britânica, Theresa May, juntou-se hoje ao coro de líderes europeus que, no decorrer da cimeira da UE em Bruxelas, tem dado apoio ao Governo espanhol no conflito institucional e político com os líderes separatistas da Catalunha.

Catalunha: May junta-se ao apoio europeu ao Governo de Espanha
Notícias ao Minuto

13:51 - 20/10/17 por Lusa

Mundo Reino Unido

Questionada pelos jornalistas sobre o assunto, nomeadamente que conselho daria ao presidente regional catalão, Carles Puigdemont, Theresa May disse que a única pessoa com quem fala sobre a Catalunha é o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy.

"Falei com Mariano Rajoy esta manhã, tal como fiz no início da semana, e fui clara ao dizer que a posição do Reino Unido é muito clara. Acreditamos que as pessoas devem respeitar o Estado de Direito e defender a Constituição espanhola", disse May, no segundo dia da cimeira.

À chegada ao encontro de líderes da UE, na quinta-feira, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, tinham reiterado que a solução para o conflito independentista em Espanha passa pelo respeito à lei, ou seja, deram uma mensagem de apoio ao Governo de Rajoy.

Macron afirmou que a cimeira europeia ficará marcada por "uma mensagem de unidade" dos vários países da UE para com Espanha.

"Este Conselho fica marcado por uma mensagem de unidade, de unidade em torno dos Estados-membros frente às crises que possam enfrentar. Unidade en torno de Espanha", disse o líder francês.

O Governo espanhol vai reunir-se extraordinariamente no sábado para avançar com as medidas para assumir o controlo da Catalunha, depois de ter rejeitado na quinta-feira uma nova ameaça do executivo regional de formalizar a declaração de independência.

Madrid convocou este Conselho de Ministros para "continuar os trâmites previstos no artigo 155.º da Constituição para restaurar a legalidade no autogoverno da Catalunha".

O Governo espanhol explicou em comunicado que, na reunião de sábado, irá tomar "as medidas que serão levadas ao Senado [câmara alta] a fim de proteger os interesses gerais dos espanhóis, entre eles os dos cidadãos da Catalunha, e restaurar a ordem constitucional na Comunidade Autónoma".

O presidente do governo catalão, Carles Puigdemont, tinha ameaçado votar formalmente a independência da Catalunha no parlamento regional, caso Madrid avançasse com a suspensão da autonomia regional. Puigdemont também reiterou que lamenta "a falta de diálogo" de Madrid e afirma que o Governo de Rajoy insiste "na repressão".

O extremar de posições do governo regional catalão surge na sequência de um referendo pela independência realizado a 01 de outubro, considerado inconstitucional pela justiça espanhola e marcado por cargas policiais da Guardia Civil e da Polícia Nacional quando tentavam, sem êxito, impedir a consulta.

Segundo a Generalitat, nessa consulta popular - sem escrutínio independente - o "sim" à independência teve 90% dos votos dos 43% dos eleitores que foram votar, tendo aqueles que não concordam com a independência da região boicotado a ida às urnas.

O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) revelou hoje que uma das medidas do artigo 155 acertadas com o Governo de Rajoy (PP, direita conservadora) seria a convocação de eleições regionais na Catalunha em janeiro.

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