EUA questionam resultados e anunciam mais pressões sobre a Venezuela
O Departamento de Estado dos Estados Unidos, emitiu hoje um comunicado questionando os resultados das eleições de domingo na Venezuela e anunciando mais pressões "económicas e diplomáticas" contra o Governo do Presidente venezuelano Nicolás Maduro.
© Reuters
Mundo Nicolás Maduro
"Condenamos a falta de eleições livres e justas de ontem (domingo) na Venezuela. A voz do povo venezuelano não foi ouvida", refere o comunicado que adianta que os Estados Unidos "aplaudem a coragem, a determinação e a vontade dos venezuelanos que tentaram exercer o seu direito constitucional de voto nas eleições regionais de 15 de outubro".
"Estamos preocupados pela falta de credibilidade dos observadores internacionais; pela falta de uma auditoria técnica do Conselho Nacional Eleitoral (CNE); por mudanças de última hora nos locais de voto, sem aviso prévio; pela manipulação da listagem de bilhetes de identidade; e pela limitada disponibilidade de máquinas de votação, em bairros da oposição", explica.
Segundo o Departamento de Estado, "enquanto o regime de (Nicolás) Maduro se conduzir como uma ditadura autoritária" os EUA vão "trabalhar com membros da comunidade internacional e levar todo o peso do poder económico e diplomático americano para a apoiar o povo venezuelano enquanto tenta restaurar a sua democracia".
De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, no poder) conquistou, nas eleições regionais de domingo, 17 dos 23 cargos de governadores de estado, tendo o Presidente, Nicolás Maduro, defendido que se tratou de uma "vitória nítida" para o "chavismo" que conquistou 75% dos cargos de governador do país.
No entanto, a aliança opositora venezuelana Mesa de Unidade Democrática (MUD) rejeitou hoje os resultados.
"Nem a Venezuela nem o mundo acreditam nesse conto que nos contaram. Solicitámos aos comandos regionais que verifiquem todo o processo, que se audite tudo, inclusive nos estados em que candidatos da Unidade (oposição) foram declarados vencedores", disse o porta-voz da MUD, Gerardo Blyde.
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