Sobe para 276 número de mortos no maior atentado de sempre na Somália
O número de mortos no maior atentado terrorista de sempre na Somália subiu para 276, anunciou hoje o ministro da Informação somali, Abdirahman Osman.
© Reuters
Mundo Atentado
Na rede social Twitter, o ministro classificou o ataque de "bárbaro", e indicou que países como a Turquia e o Quénia já ofereceram ajuda médica.
Presumíveis terroristas da organização Al-Shebab detonaram camiões armadilhados num antigo mercado e num hotel no movimentado centro da cidade, pelo que a maioria das vítimas são civis.
O governo somali dispensou militares para ajudar os serviços de emergência nas buscas de sobreviventes daquele que é considerado o pior atentado na história do país.
Numerosos edifícios próximos das explosões ficaram completamente destruídos e os hospitais estão com as instalações sobrelotadas com os feridos, sendo que não dispõem de medicamentos suficientes e sangue para as transfusões.
O atentado provocou protestos perto do cenário do ataque, depois do Governo somali ter acusado o grupo extremista Al-Shebab ligado à Al-Qaeda, mas a organização terrorista ainda não se pronunciou.
O ataque a Mogadíscio foi um dos mais mortais na África subsaariana, maior do que o perpetrado na Universidade de Garissa, no Quénia, em 2015, ou os ataques às embaixadas dos Estados Unidos no Quénia e na Tanzânia em 1998.
Os médicos da cidade estão a tentar tratar as centenas de feridos, alguns deles com queimaduras que os deixaram irreconhecíveis: "Isto é realmente horrendo, diferente de qualquer outro atentado do passado", disse Mohamed Yusuf, diretor do Hospital Medina.
"Quase todas as vítimas estão gravemente feridas" disse a enfermeira Samir Abdi, falando num "horror indescritível".
Paris, Londres, Washington, Ancara e a União Africana já condenaram o atentado ocorrido sábado na Somália, e ofereceram apoio para enfrentar a ação terrorista.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos condenou fortemente, num comunicado, o "cobarde" atentado 'jihadista' em Mogadíscio.
Por seu turno, o Presidente francês, Emmanuel Macron, escreveu na rede social Twitter: "Apoio à Somália. Apoio à União Africana contra os grupos terroristas islamitas. A França está do vosso lado".
Em comunicado, Boris Johnson, ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, condenou também energicamente "o cobarde atentado" em Mogadíscio.
A União Africana mantém na Somália uma força de cerca de 22.000 militares para apoiar o governo central contra os 'jihadistas' da Al-Shebab, aliados da Al-Qaeda.
Da mesma forma, o ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Mevlüt Cavusoglu, condenou "firmemente" o atentado, oferendo apoio e assegurando que vai continuar ao lado da Somália no combate ao terrorismo contra "ataques tão atrozes".
Também o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, condenou hoje o atentado, e instou o país a unir-se contra o terrorismo.
O Presidente da Somália, Mohamed Abdullahi Mohamed, declarou três dias de luto nacional e, como milhares de cidadãos, foi doar sangue, apelando a "todo o povo somali" para que faça o mesmo.
O Governo somali atribuiu o ataque às milícias Al-Shebab, ligadas à Al-Qaida, e qualificou o ataque de "desastre nacional".
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