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EUA não se vão retirar do acordo nuclear com o Irão

O Presidente norte-americano, Donald Trump, vai dizer hoje que o acordo nuclear com o Irão não serve os interesses dos Estados Unidos, mas não vai retirar os Estados Unidos do pacto, segundo o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson.

EUA não se vão retirar do acordo nuclear com o Irão
Notícias ao Minuto

17:38 - 13/10/17 por Lusa

Mundo Rex Tillerson

Trump deve pronunciar hoje um discurso, previsto para as 12:45 locais (17:45 em Lisboa), sobre o acordo nuclear de 2015, assinado pelo Irão e pelo chamado Grupo 5+1, constituído pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU -- EUA, Rússia, China, França e Reino Unido -- e a Alemanha.

O Presidente norte-americano tem, por lei, até domingo, de informar o Congresso sobre se o Irão está ou não a cumprir o acordo e se o pacto é uma prioridade de segurança nacional.

Depois da assinatura do acordo, o Congresso aprovou uma lei, conhecida pela sigla INARA, segundo a qual o presidente deve certificar a cada 90 dias se o Irão está a cumprir o acordo e se este favorece o "interesse nacional" dos Estados Unidos.

Trump vai notificar o Congresso de que vai "retirar a certificação" ao acordo porque, embora o Irão possa estar a cumprir, o acordo em si não reflete suficientemente o interesse dos Estados Unidos.

Essa determinação abre "três alternativas", segundo Tillerson. O Congresso ou decide repor as sanções, ou modificar a lei ou deixar tudo como está.

Mas Trump não vai propor nenhuma destas opções ao Congresso. Em vez disso, o Presidente vai pedir a definição de novas exigências, ou "linhas vermelhas", que o Irão terá de respeitar para que possa continuar a beneficiar do alívio de sanções decorrente do acordo nuclear.

Essas linhas vermelhas, que se atravessadas implicam uma aplicação automática das sanções, não dizem apenas respeito ao programa nuclear, segundo Tillerson, mas ao programa de mísseis balísticos ou o apoio ao regime sírio, ao Hezbollah e a outros grupos que desestabilizam países como o Iémen, segundo Tillerson e outros responsáveis.

O Presidente norte-americano também deverá abrir a possibilidade de negociar, com o Irão e com as outras cinco potências internacionais, um acordo paralelo que permita colmatar "as deficiências" do atual pacto, ainda segundo Tillerson.

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