"Senhor juiz, isto é um inferno". A carta de reclusos espanhóis
Assim começa a carta enviada por um grupo de detidos do Centro de Internos Aluche (CIE), em Madrid.
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Mundo Prisão
"Senhor juiz, isto é um inferno”, assim começa a carta enviada por reclusos do Centro de Internos Aluche (CIE), situado em Madrid, ao tribunal.
Na carta reproduzida pela Organização Não Governamental SOS Racismo, e citada pelo El País, os detidos alegam sofrer de um “tratamento racista, de insultos e de ameaças” e questionam: “E o respeito a que temos direito, os nossos direitos e nossa dignidade?”
Esta situação foi confirmada pela própria SOS Racismo, pelo coordenador do Departamento de Prevenção e Denúncia da Tortura e ainda pela Associação Livre de Advogados. Em consonância, tentaram alertar as instâncias superiores, denunciando “atos criminosos de justiça”. Estes organismos pediram, entre outras coisas, que fossem vistas as imagens captadas pelas câmaras de segurança do complexo.
Alguns dos cidadãos detidos conseguiram assinar a carta porque se evadiram, no passado sábado, do centro prisional. Antes de serem levados novamente para a prisão, a ONG conseguiu reunir os seus depoimento, onde confessaram viver “situações de violência”.
Entre os relatos destaca-se o de um jovem que revelou ter sido vítima de uma agressão depois do jantar: “Estava a sair da sala de refeições quando os guardas prisionais me intercetaram e me pontapearam no peito ao ponto de me deixarem a vomitar sangue”.
O jornal espanhol explica ainda que este tipo de alegações já não é recente no centro prisional de Aluche. No ano passado foram feitos oito registos judiciais devido às irregularidades cometidas na sua gestão.
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