Subiu para 59 o número de vítimas mortais e para 527 o de feridos do tiroteio em Las Vegas, de acordo com o The Independent. Este é o balanço daquele que é já considerado o massacre mais mortal da história moderna dos EUA e deixou a América confrontada, novamente, com a questão de como regular o direito de porte de armas.

As investigações, lideradas pelo xerife da Polícia de Las Vegas, Joe Lombardo, ainda não determinaram quantas balas foram disparadas por Stephen Paddock, que abriu fogo num quarto do 32.º andar do Mandalay Bay Hotel, onde estava hospedado com pelo menos 23 armas e dois tripés. 

Em conferência de imprensa, Joe Lombardo afirmou que as autoridades acreditam que o suspeito se terá suicidado momentos antes de a polícia entrar no quarto do atirador.

Recorde-se que Paddock, de 64 anos, não estava referenciado pelas autoridades e vivia em Mesquite, no Nevada.

Apesar de o Estado Islâmico ter reivindicado a autoria do massacre, o FBI já veio desmentir ligações terroristas ao sucedido, uma vez que não encontrou qualquer evidência nesse sentido

O irmão de Stephen, Eric Hudson Paddock, em entrevista à Sky News, revelou igualmente que o atirador não tinha qualquer ligação a grupos terroristas nem seguia nenhum credo religioso.

Em reações aos factos, Trump e a primeira-dama fizeram um minuto de silêncio na Casa Branca para homenagear aqueles que foram mortos. “Em momentos de tragédia e horror, a América une-se”, referiu o presidente norte-americano aos jornalistas.

My warmest condolences and sympathies to the victims and families of the terrible Las Vegas shooting. God bless you!

— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) October 2, 2017

O porta-voz da Casa Branca já afirmou, entretanto, que Donald Trump viajará para Las Vegas amanhã, depois de visitar Porto Rico.

O cantor que estava no palco do concerto de música country, Jason Aldean, revelou mais tarde, na conta de Instagram, que os seus “pensamentos e orações vão para todos os envolvidos naquela noite". "O meu coração está dilacerado por este trágico acontecimento que vitimou dezenas de pessoas que só queriam desfrutar do que deveria ter sido uma noite divertida”.

Austin Wayne, de Tulsa Oklahoma, estava no casino oposto ao local onde o tiroteio ocorreu e, citado pelo jornal britânico, refere que “as pessoas que estavam naquele hotel não sabiam o que se estava a passar. Todos os hospedados estavam com medo e começaram a correr desorientados. Não tenho palavras para descrever aquele momento”.

Perante os acontecimentos, milhares de pessoas recorrem às unidades de sangue do Centro Médico Universitário, em Las Vegas, para doar sangue.

Apesar de as autoridades ainda não terem confirmado publicamente a identidade de nenhum dos 59 mortos no massacre, a BBC avança que há já alguns nomes que preenchem a lista de vítimas, nomeadamente Jordan McIldoon, de 23 anos, originário do Canadá, Sonny Melton, uma enfermeira do Tennessee, Adrian Murtut, de 35 anos, um pescador do Alaska, Denise Burditus de West Virginia, Danae Gibbs do Texas e Lisa Romero do Novo México. Há também um polícia de Las Vegas entre as vítimas mortais a lamentar.