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Escassez leva a racionamento de gasolina em localidades venezuelanas

A Venezuela, que tem uma das maiores reservas de petróleo do mundo, mas está em crise económica há mais de dois anos, enfrenta agora uma crescente escassez de combustível que tem motivado o racionamento de gasolina em várias localidades.

Escassez leva a racionamento de gasolina em localidades venezuelanas
Notícias ao Minuto

23:42 - 29/09/17 por Lusa

Mundo Venezuela

"Já não basta fazer fila para poder comprar farinha de milho e outros produtos, andar de supermercado em supermercado para ver o que se consegue e onde está mais barato, de farmácia em farmácia à espera de encontrar medicamentos, agora temos que fazer filas para a gasolina", lamentou uma luso-venezuelana à agência Lusa.

Residente em Mérida, a 670 quilómetros a sudoeste de Caracas, a comerciante Mary Mendes, de 30 anos, queixou-se, telefonicamente, de que várias estações de serviço da região estavam encerradas hoje e que ninguém explicava o motivo da escassez do combustível.

Entretanto, a imprensa venezuelana dá conta de que um pouco mais a sul, em Táchira, a falta de combustível tem afetado o serviço de transportes públicos de passageiros e que apesar de os utilisadores terem um "chip" que autoriza o abastecimento de determinada quantidade semanalmente, são cada vez mais frequentes as filas de clientes nas bombas e também informações sobre a venda ilegal de gasolina.

A oeste da Venezuela, em Zúlia, o cenário é parecido, com muitas filas nas estações de serviços e queixas dos motoristas de que demoram até três horas para poder aceder ao combustível, mesmo com um cartão de racionamento automatizado.

Do outro lado do país, a 600 quilómetros a sudeste da capital, está Cidade Bolívar, onde desde quarta-feira os proprietários de viaturas particulares apenas podem adquirir 45 litros de gasolina, uma medida que procura minimizar os efeitos da escassez de combustível que se regista desde há três semanas.

A exceção ocorre no Estado de Falcón (centro-norte do país), onde a venda de combustível é considerada normal.

Há três dias, durante uma conferência de imprensa em Caracas, o Movimento de Trabalhadores Técnicos e Petrolíferos (MTTP) advertiu que a Venezuela poderá ficar sem gasolina para consumo interno nos próximos dias, devido a problemas relacionados com a produção de combustível.

"O problema do combustível chegou à capital (Caracas). As duas refinarias mais importantes (da Venezuela), Amuay e Cardón, não estão a produzir a quantidade de combustível que os venezuelanos necessitam", disse o porta-voz do MTTP, Iván Freites.

Segundo aquele responsável, a "PDVSA (empresa petrolífera estatal) já não produz nem 15% do combustível necessário para abastecer o país e, pelo contrário, está a importar gasolina, gasóleo e óleo (automotriz)".

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