Banco de Inglaterra "fará tudo o puder" para mitigar impacto de Brexit
O governador do Banco de Inglaterra, o canadiano Mark Carney, afirmou hoje que a entidade procurará mitigar os riscos associados ao 'Brexit', sublinhando a limitada influência que tem na economia britânica, em especial no impacto do divórcio da União Europeia.
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Mundo Governador
"A prosperidade do Reino Unido ficará refletida não só no acordo final do 'Brexit' mas também nas políticas fiscais e estruturais do Governo", afirmou Carney numa intervenção numa conferência na City de Londres (centro financeiro) para assinalar o vigésimo aniversário da independência do banco emissor.
"O banco fará tudo o que puder para apoiar os ajustamentos consequentes com as suas obrigações estatuárias", adiantou.
Carney disse que "o sistema financeiro no seu conjunto terá a capacidade para financiar a transição e as oportunidades que surjam" depois do 'Brexit', previsto para março de 2019.
Ao referir-se à função da entidade, Carney disse que esta "não pode resolver os desafios sociais mais amplos" que há no país porque o banco tem uns "objetivos cuidadosamente definidos".
Em 1997, pouco depois da chegada do Trabalhismo de Tony Blair ao poder, o então ministro de Economia, Gordon Brown, outorgou ao Banco de Inglaterra a independência para fixar as taxas de juro fora da influência do Governo britânico.
Nesse sentido, Carney sublinhou que nos últimos anos houve petições para que a entidade ajudasse a fazer frente a desafios económicos, como a produtividade ou a falta de habitação acessível.
"As petições para que o banco resolva estes desafios ignoram os seus objetivos definidos", adiantou.
As responsabilidades da entidade - estabilidade monetária e fiscal - são "necessárias para a prosperidade" do país, afirmou.
Carney afirmou ainda que a comissão de política monetária do banco mantém como objetivo conseguir que a inflação homóloga se mantenha em 2%, apesar de atualmente esta ser de 2,9%.
Depois do referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, em 23 de junho de 2016, o banco desceu em agosto daquele ano as taxas de juro para o nível histórico de 0,25%, depois destas terem estado inalteradas em 0,50% desde 2009.
Na conferência para assinalar os 20 anos de independência, que decorre hoje e sexta-feira, também deverão intervir, entre outros, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, e a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, além da primeira-ministra britânica, Theresa May.
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