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Maior sindicato da África do Sul faz jornada de protesto contra corrupção

O maior sindicato da África do Sul está a liderar um protesto nacional contra o que diz ser a corrupção crónica alimentada pelo Presidente, Jacob Zuma, e pelos seus aliados empresariais, ecoando a contestação popular.

Maior sindicato da África do Sul faz jornada de protesto contra corrupção
Notícias ao Minuto

14:34 - 27/09/17 por Lusa

Mundo Jacob Zuma

Os protestos de hoje no Congresso dos Sindicatos do Comércio da África do Sul, em Joanesburgo, e noutras cidades surgem no meio de uma luta pelo poder dentro do Congresso Nacional Africano (ANC), o partido no poder desde 1994.

Jacob Zuma e a família Gupta, uma das mais proeminentes no país em termos empresariais, têm negado qualquer envolvimento naquilo que os críticos têm apelidado de corrupção, apresentando vários exemplos de fraude e apropriação de fundos públicos.

Os escândalos que estiveram na demissão do ministro das Finanças e na descida da avaliação do risco soberano pelas agências de 'rating' dois momentos importantes, já estão a afetar algumas multinacionais, como a Bell Potinger, uma empresa britânica de relações públicas que já abriu falência.

O Presidente da África do Sul, uma das maiores economias africanas, está no poder desde 2009, mas nos últimos meses tem estado envolvido num conjunto de escândalo relativamente à utilização de dinheiros públicos e ao favorecimento da família Gupta.

No final do ano, Zuma deverá abandonar a liderança do ANC e não deverá concorrer a um terceiro mandato nas eleições de 2019.

Apesar de sempre ter negado as acusações de favorecimento da família Gupta e de apropriação de dinheiros públicos, as críticas ao Presidente estão a avolumar-se desde os últimos meses.

"Zuma deve sair, a corrupção é um crime contra a humanidade, Gupta e os seus cúmplices", são algumas das palavras de ordem que se podiam ler nos cartazes empunhados pelos manifestantes que percorriam Joanesburgo, de acordo com o relato da AFP.

O sindicato do comércio tem sido um tradicional apoiante do ANC e de Zuma, mas desta vez apoia o vice-presidente, Cyril Ramaphosa, um antigo sindicalista agora empresário, para suceder ao atual Presidente da África do Sul.

Dentro do próprio ANC, Zuma tem sido criticado pela descida dos níveis de confiança dos empresários e pelo abrandamento da economia, que faz muitos dos seus opositores internos temerem pela perda da maioria absoluta que têm no Parlamento ou mesmo pela derrota nas eleições de 2019.

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