Há sete anos que Juana tenta provar que não está morta
O caso insólito aconteceu em Espanha e há sete anos que se arrasta sem que Juana Escudero Lezcano consiga provar judicialmente que está, efetivamente, viva.
© Facebook/Juana Escudero Lezcano
Mundo Espanha
Juana Escudero Lezcano é uma sevilhana de 53 anos e há sete que vive um drama: tentar provar que não morreu.
Parece insólito, mas é verdade e há uma explicação para este facto. Há uma mulher enterrada no cemitério de Málaga, cujos dados correspondem exatamente de Juana, nomeadamente nome, sobrenome e data de nascimento. Esta coincidência fez com que os elementos da Segurança Social tivessem confundido os casos.
A sua filha Marta recorda que foi um médico que lhe deu a notícia: “A minha mãe estava numa sala de emergência no hospital e o médico, sem saber muito bem como dizer, explicou-lhe que, no sistema da Segurança Social, ela estava dada como falecida”.
Desde então, Juana é alvo desta confusão e, em entrevista ao El País, explica que “a sua não morte é uma das maiores dores de cabeça" que já teve. Isto porque quando um caso é publicado num boletim oficial é porque não foi possível entrar em contacto com os parentes da pessoa a que se refere o caso específico. "Nesta situação em concreto, estavam a tentar contactar a família para que retirassem o caixão, uma vez que a taxa não foi paga".
Em maio do ano passado, a sevilhana recorreu à justiça e, assim que contactou os serviços de um escritório de advocacia e apresentou a petição perante o tribunal de Málaga, foi informada de que não há nada a ser feito até que o juiz ordene que os dados sejam transferidos.
De acordo com o testemunho de Juana ao El País, o pior dia desta ‘saga’ foi quando lhe disseram que “poderia ser sancionada pela usurpação de identidade". "Matam-me e multam-me sem que eu tenha nada a ver com a história", ironiza a sevilhana acrescentando que está morta para todos, “exceto para os bancos”, já que paga com total regularidade os empréstimos, a hipoteca e até o seguro de vida.
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