"Ouvi uma grande explosão e pelo que se tem passado ultimamente pensei logo que podia ser terrorismo", referiu.
A polícia encara como um ato terrorista a explosão cerca das 08:00 de hoje no metropolitano, que causou 18 feridos.
"Fiquei bastante chocado e a primeira coisa que fiz foi ligar à minha mulher para dizer que estava bem", adiantou Alex Weldon, de cerca de 30 anos.
A polícia estabeleceu um cordão de segurança de 100 metros em redor da zona, onde se encontram viaturas dos bombeiros e ambulâncias. Não se pode entrar ou sair do perímetro.
Alex Weldon viu "pessoas com ferimentos, com sangue, arranhadas", diz que a polícia e os bombeiros chegaram rapidamente.
"Este é um bairro seguro, nunca me senti inseguro, mas em Londres já não nos podemos sentir completamente seguros", disse Weldon à Lusa.
Danielle Nolan foi deixar os filhos de três e sete anos à escola, que fica na zona agora dentro do perímetro de segurança, e não sabia de nada até uma amiga lhe telefonar em pânico a pedir-lhe para apanhar a filha que estava a caminho da mesma escola.
"Houve alguns momentos de preocupação com os alunos mais velhos que já vão sozinhos para a escola, alguns de metro", disse à Lusa, adiantando que a escola já informou que "ninguém esteve envolvido".
"Deram-nos garantias de que estão todos bem, estão a acalmar as crianças", disse.
Ao lado de Danielle Nolan encontrava-se Kerry, a filha da sua amiga, e uma colega que a acompanhava.
Kerry, de 10 anos, disse que no início estavam preocupados, que pensaram logo nos colegas que vêm para a escola de metro, e admitiu que na segunda-feira, no regresso às aulas, "deverá ser um pouco confuso, porque vai estar toda a gente a falar disto".
Apesar do trânsito cortado na zona, no bairro essencialmente residencial, próximo do estádio do clube de futebol Chelsea, as lojas e cafés mantêm-se abertos e as pessoas parecem continuar o dia-a-dia com relativa normalidade.