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Furacão Irma: Cuba começa a sentir os primeiros efeitos

A província de Guantánamo, no extremo oriental de Cuba, começou a sentir, na noite de quinta-feira, os primeiros sinais da chegada do furacão Irma com chuvas intensas e fortes rajadas de vento.

Furacão Irma: Cuba começa a sentir os primeiros efeitos
Notícias ao Minuto

06:02 - 08/09/17 por Lusa

Mundo Caraíbas

Guantánamo é uma das sete províncias cubanas que se encontram em alerta pela passagem do furacão, de categoria 5, a mais elevada, que vai passar muito perto da costa norte da ilha.

Tal como era esperado, Punta de Maisí, o enclave mais oriental de Cuba, foi o primeiro a sentir a chegada do potente ciclone, que se encontra a cerca de 400 quilómetros desse ponto, disse aos meios de comunicação locais a diretora do Centro de Prognósticos do Instituto de Meteorologia, Miriam Teresita Llanes.

Este é o mesmo lugar por onde entrou na ilha o furacão Matthew, de categoria 4, em outubro do ano passado.

Durante a madrugada esperam-se ondas até cinco metros e inundações na localidade de Baracoa, que se devem alargar às províncias de Holguín e Las Tunas, segundo a Agência Cubana de Notícias, que citou o Estado Maior Nacional de Defesa Civil (EMNDC).

Segundo este organismo, o "momento mais crítico e de maior aproximação do Irma às costas cubanas" será no sábado, altura em que o furacão estará nas províncias de Sancti Spíritus e Villa Clara (costa norte), onde provocará um "aumento do nível do mar".

O presidente do parlamento cubano, Esteban Lazo, que participou na reunião do EMNDC, pediu que se elevem as precauções em Havana, já que o célebre paredão da cidade pode ser atingido por ondas de até cinco metros durante várias horas.

As previsões não indicaram que o Irma vá atingir diretamente Havana, apesar de as ondas e aumento do nível do mar poderem provocar inundações na cidade, bem como chuvas e rajadas intensas de vento.

Há dois dias que a Defesa Civil está a preparar a chegada do furacão a Cuba, onde cerca de 700 mil pessoas foram retiradas das suas casas, além de 36 mil estrangeiros que se encontravam nos 'cayos' [pequenas ilhas rasas, arenosas, formadas na superfície de um recife de coral] de Santa María, Coco e Guillermo.

Destes, 60% eram canadianos que regressaram ao seu país. Os restantes foram realojados em hotéis em zonas mais seguras como Varadero, Havana, ou Trinidad e Cienfuegos.

A companhia aérea Cubana de Aviación anunciou na quinta-feira a suspensão dos voos nacionais e, a partir de hoje, quase todos os internacionais, em conformidade com as previsões meteorológicas.

A transportadora estatal apenas mantém os voos com destino a Cancun e à cidade do México, bem como a rota doméstica para Nueva Gerona, a cerca de 100 quilómetros de Havana.

Em comunicado, a Cubana de Aviación indicou que vai informar sobre o restabelecimento gradual das operações de acordo com a normalização das condições atmosféricas.

Os passageiros dos voos cancelados podem alterar a data prevista da viagem e receber o reembolso do bilhete "sem penalização" após o restabelecimento dos serviços.

O mais recente balanço aponta para 14 mortos à passagem do Irma por várias ilhas das Caraíbas. Cerca de 1,2 milhões de pessoas foram já afetadas, um número que poderá alcançar os 26 milhões de pessoas, de acordo com a última previsão da Cruz Vermelha Internacional.

O Irma evoluiu hoje pelo norte da República Dominicana e o Haiti, onde provocou as primeiras inundações, e dirige-se agora em direção das ilhas Turcas, Caicos e Bahamas, com ventos máximos sustentados de 280 quilómetros por hora.

Três furacões estão a progredir em simultâneo no Atlântico, depois das tempestades José e Katia passarem a esta categoria, juntando-se assim ao Irma.

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