Meteorologia

  • 18 ABRIL 2024
Tempo
18º
MIN 16º MÁX 25º

Venezuela: Ministério Público investiga desfalque de 168 milhões de euros

O Ministério Público da Venezuela (MP) anunciou hoje que abriu uma investigação ao alegado desfalque de 200 milhões de dólares (168 milhões de euros), que teria sido cometido pela antiga direção da Faixa Petrolífera do Orinoco (sul do país).

Venezuela: Ministério Público investiga desfalque de 168 milhões de euros
Notícias ao Minuto

20:58 - 31/08/17 por Lusa

Mundo Petróleo

O anúncio foi feito pelo procurador-geral designado pela Assembleia Constituinte, Tarek William Saab, que responsabilizou a ex-procuradora Geral da República, Luísa Ortega Díaz, de "negligência permissiva".

"Responsabilizo de maneira direta a ex-titular Luísa Ortega Díaz, por negligência permissiva no desfalque à nação, em contratações de Petróleos da Venezuela SA. (Pdvsa, petrolífera estatal), realizadas pela direção da Faixa Petrolífera do Orinoco, no período compreendido entre os anos 2010 e 2016", disse.

Durante uma conferência de imprensa em Caracas, Tarek William Saab explicou que o desfalque tem "efeitos perniciosos para o país" e que as autoridades descobriram "a contratação de serviços e matérias primas com importantes taxas de 230%".

Tarek William Saab explicou que foi criado um grupo de trabalho entre o MP e a Divisão de Auditoria da PDVSA, para investigar o caso, "que durante um ano esteve engavetado pela antiga procuradora".

A denúncia do MP tem lugar depois da ex-procuradora-geral da Venezuela, Luísa Ortega Díaz, que foi destituída do cargo a 05 de agosto pela Assembleia Constituinte, denunciar que tem provas de que o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, teria desviado entre 8 e 10 milhões de dólares do fisco.

Ortega Diaz acrescentou que "muitos funcionários" venezuelanos estão comprometidos com a corrupção na construtora brasileira Odebrecht, e que vários ministros, ex-ministros, e membros da Assembleia Constituinte estão envolvidos numa "milionária trama de corrupção".

"Na Venezuela não será possível fazer justiça e por isso estou entregando provas a distintos países", disse a ex-PGR, em Costa Rica, que acusou recentemente o dirigente socialista Diosdado Cabello, tido como o número dois do regime venezuelano, de ter recebido 100 milhões de dólares da Odebrecht, acusação que o próprio tem desmentido publicamente.

A 18 de agosto último a ex-PGR fugiu com o marido da Venezuela, o ex-deputado socialista, Germán Ferrer, tendo recebido proteção do Governo da Colômbia, de onde viajou até ao Brasil para participar numa reunião de procuradores do Mercosul.

Entretanto, o Presidente Nicolás Maduro anunciou que a Venezuela pedirá à Interpol que a detenha e ao marido também, por terem fugido à justiça e por alegadamente integrarem uma rede de extorsão e corrupção com os Estados Unidos para prejudicar a Venezuela.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório