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Amnistia diz que atentados podem ser "crime de lesa-humanidade"

A Amnistia Internacional (AI) condenou os atentados de Barcelona e Cambrils, descrevendo-os como "ataques deliberados contra a população civil" que, no seu entender, podem constituir "um crime de lesa-humanidade".

Amnistia diz que atentados podem ser "crime de lesa-humanidade"
Notícias ao Minuto

17:47 - 18/08/17 por Lusa

Mundo Reação

Em comunicado, a AI sustentou que os atos terroristas cometidos quinta-feira na cidade de Barcelona e na madrugada de hoje na estância balnear de Cambrils, perto de Tarragona, poderão ser parte de "um ataque generalizado e abrangente contra a população de Espanha em apoio à política de uma organização".

Tal representaria "um grave abuso dos direitos humanos", segundo o diretor da Amnistia Internacional, Esteban Beltrán, que recordou que "os crimes de lesa-humanidade, pela sua natureza atroz, dizem respeito a toda a comunidade internacional e são imprescritíveis".

Beltrán destacou, na nota de imprensa, que "ninguém pode justificar uma ação assim" e expressou solidariedade com as vítimas dos atentados e seus familiares.

"As autoridades espanholas devem realizar uma investigação independente, exaustiva e imediata, de acordo com os padrões internacionais, para levar perante a justiça todas as pessoas suspeitas de responsabilidade criminal pelos atentados. As vítimas têm também direito à verdade, à justiça e à reparação integral", sublinhou.

A AI participou hoje na homenagem prestada em Barcelona às vítimas e cumpriu também um minuto de silêncio na sua sede central, com a mensagem "Sem ódio nem medo".

"Em momentos tão difíceis, é importante evitar qualquer tipo de discurso de ódio e recordar que perante ataques como estes se deve sempre responder com firmeza, com segurança e com respeito pelos direitos humanos", disse o responsável.

Os dois ataques terroristas de que Espanha foi alvo na quinta-feira e hoje fizeram, no total, 14 mortos e 135 feridos, 15 dos quais com gravidade.

Uma cidadã portuguesa de 74 anos, residente em Lisboa, está entre as vítimas mortais do ataque em Barcelona, e uma jovem de 20 anos, que a acompanhava, está desaparecida.

O ataque de Barcelona, em que uma furgoneta avançou sobre a multidão nas Ramblas, grande avenida do centro da capital catalã, matando 13 pessoas, foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico.

Horas depois, de madrugada, cinco homens num automóvel atropelaram um grupo de pessoas em Cambrils, uma estância balnear a cerca de 100 quilómetros de Barcelona, fazendo um morto e cinco feridos.

O porta-voz da polícia catalã anunciou que foram feitas quatro detenções, três marroquinos e um espanhol, nenhum deles com antecedentes ligados ao terrorismo.

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