Turquia e Irão recusam referendo de independência no Curdistão iraquiano
Altos responsáveis políticos e militares da Turquia e do Irão voltaram hoje a manifestar a sua oposição à realização de um referendo sobre a independência no Curdistão iraquiano, a 25 de setembro.
© Reuters
Mundo Diplomacia
O jornal turco Hürriyet Daily News escreve hoje que a questão dominou um encontro realizado na terça-feira entre os Chefes do Estado-Maior do Irão, general Mohamad Bagheri, e da Turquia, general Hulusi Akar.
Ambos, segundo o jornal, "concordaram que a insistência" do governo autónomo do Curdistão em realizar um referendo e um possível voto a favor da independência, "teria efeitos negativos na integridade territorial de ambos os países".
Bagheri, que prossegue a visita à Turquia, tem previsto reunir-se hoje com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
Vários responsáveis políticos turcos têm afirmado a sua oposição ao referendo e, hoje, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Mevlüt Cavusoglu, disse numa entrevista que o referendo pode levar a uma "guerra no Iraque".
O Iraque "atravessa muitos problemas e um referendo de independência só vai agravar a situação", disse o ministro à televisão pública TRT. "Pode levar a uma guerra civil", acrescentou.
Apesar das boas relações que mantém com o líder curdo iraquiano, Massud Barzani, a Turquia enfrenta no seu território um conflito com os curdos turcos, opondo-se frontalmente à constituição de um Estado curdo junto da sua fronteira.
O Curdistão iraquiano é constituído por três províncias do norte do Iraque, autónomas desde 1991, onde vivem cerca de 4,6 milhões de curdos.
O governo central do Iraque opõe-se à independência do Curdistão.
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