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Mil marinheiros vítimas da pirataria no Golfo da Guiné

Quase mil marinheiros foram vítimas, em 2012, da pirataria no Golfo da Guiné, com o custo dos bens roubados a estimar-se entre os 26,1 e os 77,7 milhões de euros, disse hoje fonte da comunidade da África Ocidental.

Mil marinheiros vítimas da pirataria no Golfo da Guiné
Notícias ao Minuto

16:06 - 24/06/13 por Lusa

Mundo 2012

Num comunicado enviado à Inforpress, a Comissão da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO), que cita o relatório do Escritório Marítimo Internacional, disse ainda que, entre janeiro e setembro de 2012, foram registados 34 ataques no Golfo da Guiné, contra 30 em 2011.

Os números estão na base da reunião que os chefes de Estado da costa oeste-africana e da África Central mantêm hoje e na terça-feira em Yaoundé (Camarões) na Cimeira sobre a Proteção e Segurança Marítima no Golfo da Guiné, em que Cabo Verde é representado pelo ministro da Defesa Nacional, Jorge Tolentino.

Na reunião participam ainda o Presidente são-tomense, Manuel Pinto da Costa, e o ministro da Defesa de Angola, Cândido Pereira Van-Dúnem.

A reunião, sob os auspícios das Nações Unidas, pretende adotar os vários documentos validados em março de 2013 em Cotonou, no Benim, pelos ministros da Segurança, das Relações Exteriores e da Defesa dos 25 Estados da África Ocidental e Central que haviam acordado o conteúdo de um memorando de entendimento sobre a proteção e a segurança marítima nas duas regiões do continente.

Além do memorando entre a CEDEAO, CEEAC (Comunidade Económica dos Estados da África Central) e a Comissão do Golfo da Guiné (CGG), os ministros validaram o projeto de código de conduta para a prevenção e a repressão da pirataria, assalto à mão armada contra navios e atividades ilícitas nas duas regiões.

Segundo o presidente da Comissão da CEDEAO, Kadré Désiré Ouedraogo, a validação destes documentos deve permitir estabelecer uma base prática para outras interações políticas nos níveis estratégicos e operacionais e a realização conjunta de operações entre as duas comunidades económicas regionais para lidar com as atividades ilegais no mar, ao longo das costas do Senegal até Angola.

Nos dois dias da cimeira, os chefes de Estado da África Central e da África Ocidental deverão seguir a recomendação ministerial relativa à emissão de uma declaração política em que reafirmam o seu compromisso de combater o crime marítimo organizado transnacional em todas as suas formas no Golfo da Guiné.

A Comissão do Golfo da Guiné compreende Angola, Camarões, Congo, República Democrática do Congo, Gabão, Guiné Equatorial, Nigéria, São Tomé e Príncipe.

A CEEAC integra dez membros: Angola, Burundi, Camarões, República Centro-Africana, República do Congo, República Democrática do Congo, Gabão, Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe e Chade.

Os Estados membros da CEDEAO são 15: Benim, Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.

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