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Japão: Primeiro-ministro envia oferenda para polémico santuário

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, enviou hoje uma oferenda ao santuário de Yasukuni, em Tóquio, uma prática habitual que gera protestos entre os países vizinhos pela ligação do espaço ao passado militarista japonês.

Japão: Primeiro-ministro envia oferenda para polémico santuário
Notícias ao Minuto

08:13 - 15/08/17 por Lusa

Mundo II Guerra Mundial

Abe enviou uma doação em nome do Partido Liberal Democrata, através de um assessor, que em declarações aos 'media', disse que o primeiro-ministro "lamenta não poder visitar o santuário", segundo informou a agência Kyodo.

O governante nipónico decidiu deste modo evitar deslocar-se pessoalmente ao santuário no 72.º aniversário da rendição do Japão na II Guerra Mundial, que pôs fim ao conflito, uma data em que vários deputados e ministros do país podem ser vistos no templo, que honra os que morreram pelo Japão no conflito.

O santuário de Yasukuni é, há vários anos, fonte de tensão diplomática entre o Japão e países vizinhos, especialmente com a China e a Coreia do Sul, os que mais sofreram com o colonialismo japonês durante o conflito e que consideram o local como um símbolo do passado militarista do Japão.

O santuário homenageia todos os que morreram pelo Japão entre finais do século XIX e 1945, incluindo 14 políticos e oficiais do exército imperial condenados como criminosos de guerra de classe A pelo Tribunal Penal Militar Internacional para o Extremo Oriente, por atos cometidos durante o conflito mundial.

Com a sua ausência, Abe tenta evitar tensões diplomáticas com Pequim e Seul, com cujos líderes irá reunir-se este ano em Tóquio, o primeiro encontro com estas características desde novembro de 2015.

A última ocasião em que Abe visitou o Yasukuni como chefe do Governo foi em dezembro de 2013, o que gerou fortes protestos destes dois países e até uma resposta de Washington, principal aliado estratégico de Tóquio, que sugeriu ao líder japonês que não repetisse as visitas.

Desde então, o primeiro-ministro evitou deslocar-se pessoalmente a Yasukuni, mas envia ocasionalmente ofertas em épocas como os festivais de outono e primavera, bem como no aniversário da rendição, e na data em que parte do país honra os antepassados.

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