Caracas anuncia 18 detenções relacionadas com ataque a base militar
As autoridades venezuelanas anunciaram hoje a detenção de 18 pessoas, militares e civis, no âmbito da investigação do ataque ocorrido no início de agosto contra uma base militar no norte da Venezuela.
© Reuters
Mundo Venezuela
Vinte e três outros suspeitos -- incluindo líderes empresariais e uma jornalista residente em Miami (Estados Unidos) -- estão ainda a ser procurados pelas autoridades de Caracas, que transmitiram à Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) nove mandados de captura internacionais, indicou o diretor dos serviços de informações venezuelanos, general Gustavo Gonzalez Lopez.
"Estes factos estão relacionados com a ação permanente e criminal de grupos de oposição que procuram derrubar o governo" do Presidente Nicolás Maduro, referiu o general, numa referência à vaga de contestação contra o executivo de Caracas que já contabiliza 125 mortos nos últimos quatro meses.
O ataque foi perpetrado por "seis militares desertores e outros excluídos do exército", com a "cumplicidade de dirigentes políticos locais e nacionais da oposição, membros de organizações patronais, líderes empresariais e representantes da Igreja" católica, assegurou o representante, classificando o incidente como um "ato terrorista".
Na sexta-feira, o ministro da Defesa venezuelano anunciou a detenção de dois líderes do ataque, o ex-capitão Juan Caguaripano Scott e o tenente Jefferson Garcia.
O Forte Paramacay, no Estado de Carabobo (centro-norte da Venezuela), foi atacado durante a madrugada do dia 06 de agosto por um grupo de 20 homens. Dois deles foram mortos durante confrontos que duraram três horas e outros oito foram capturados, incluindo um que ficou ferido. Os restantes conseguiram fugir com armas furtadas.
Segundo Gonzalez Lopez, as autoridades conseguiram recuperar 21 espingardas, três lança-granadas, pistolas, uniformes militares e munições. Caracas também congelou contas bancárias "que serviam de apoio a estruturas terroristas", indicou o mesmo representante.
A Venezuela vive a sua pior crise política desde há décadas, com manifestações quase diárias, mas o Presidente Nicolás Maduro, cuja saída é exigida pelos manifestantes, tem permanecido impassível face às pressões internas e internacionais.
O governo de Maduro acusa a oposição venezuelana de querer promover um golpe de Estado com o apoio dos Estados Unidos.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com