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Caracas anuncia 18 detenções relacionadas com ataque a base militar

As autoridades venezuelanas anunciaram hoje a detenção de 18 pessoas, militares e civis, no âmbito da investigação do ataque ocorrido no início de agosto contra uma base militar no norte da Venezuela.

Caracas anuncia 18 detenções relacionadas com ataque a base militar
Notícias ao Minuto

23:11 - 13/08/17 por Lusa

Mundo Venezuela

Vinte e três outros suspeitos -- incluindo líderes empresariais e uma jornalista residente em Miami (Estados Unidos) -- estão ainda a ser procurados pelas autoridades de Caracas, que transmitiram à Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) nove mandados de captura internacionais, indicou o diretor dos serviços de informações venezuelanos, general Gustavo Gonzalez Lopez.

"Estes factos estão relacionados com a ação permanente e criminal de grupos de oposição que procuram derrubar o governo" do Presidente Nicolás Maduro, referiu o general, numa referência à vaga de contestação contra o executivo de Caracas que já contabiliza 125 mortos nos últimos quatro meses.

O ataque foi perpetrado por "seis militares desertores e outros excluídos do exército", com a "cumplicidade de dirigentes políticos locais e nacionais da oposição, membros de organizações patronais, líderes empresariais e representantes da Igreja" católica, assegurou o representante, classificando o incidente como um "ato terrorista".

Na sexta-feira, o ministro da Defesa venezuelano anunciou a detenção de dois líderes do ataque, o ex-capitão Juan Caguaripano Scott e o tenente Jefferson Garcia.

O Forte Paramacay, no Estado de Carabobo (centro-norte da Venezuela), foi atacado durante a madrugada do dia 06 de agosto por um grupo de 20 homens. Dois deles foram mortos durante confrontos que duraram três horas e outros oito foram capturados, incluindo um que ficou ferido. Os restantes conseguiram fugir com armas furtadas.

Segundo Gonzalez Lopez, as autoridades conseguiram recuperar 21 espingardas, três lança-granadas, pistolas, uniformes militares e munições. Caracas também congelou contas bancárias "que serviam de apoio a estruturas terroristas", indicou o mesmo representante.

A Venezuela vive a sua pior crise política desde há décadas, com manifestações quase diárias, mas o Presidente Nicolás Maduro, cuja saída é exigida pelos manifestantes, tem permanecido impassível face às pressões internas e internacionais.

O governo de Maduro acusa a oposição venezuelana de querer promover um golpe de Estado com o apoio dos Estados Unidos.

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