Índia aumenta presença militar ao longo da fronteira com a China
A Índia aumentou a presença militar ao longo da fronteira com a China, numa altura em que uma disputa fronteiriça de uma zona nos Himalaias está a provocar um clima de tensão entre as duas potências, foi hoje divulgado.
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Mundo Tensão
"Os efetivos militares ao longo da fronteira com a China nos estados (indianos) de Sikkim e de Arunachal foram aumentados", declarou um responsável governamental indiano citado pelos 'media' locais.
O nível de alerta também foi aumentado, indicou o mesmo responsável, que não foi identificado.
O mesmo representante esclareceu, no entanto, que as autoridades indianas não destacaram efetivos suplementares para a zona fronteiriça contestada que é partilhada pela Índia, China e Butão, onde militares indianos (cerca de 350) e chineses têm observado atentamente, num clima de tensão, as respetivas movimentações há quase sete semanas.
O diferendo fronteiriço começou após a Índia ter declarado que as suas tropas tinham entrado no planalto de Doklam (ou Donglang, em chinês), em junho passado, depois de o Butão, aliado de Nova Deli, ter reclamado que uma equipa do exército chinês estava a construir uma estrada dentro do seu território.
Pequim afirmou na altura que a disputa não estava relacionada com a Índia e exigiu que as tropas indianas deixassem a região unilateralmente, como uma pré-condição para o diálogo.
Apesar de Pequim e o Butão terem negociado, durante décadas, as fronteiras sem incidentes sérios, o pequeno reino nos Himalaias pediu, desta vez, ajuda a Nova Deli, que enviou tropas através da fronteira, a partir do Estado de Sikkim.
O Butão teme que a construção de uma estrada afete as negociações sobre a sua fronteira.
China e Índia, duas potências nucleares, partilham uma fronteira com 3.500 quilómetros de extensão, a maioria contestada. Diferendos territoriais levaram a um conflito, em 1962, que causou milhares de mortos.
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