Médica diz que último dias de Charlie Gard foram "uma novela"
Mulher diz que a criança foi mantida viva apenas por causa de Donald Trump e o Papa.
© Reuters
Mundo Doença
Um dos elementos da equipa médica responsável pelo caso do pequeno Charlie Gard revela, ao The Guardian, que os últimos dias da criança foram uma autêntica novela e que a criança foi mantida viva apenas por causa de Donald Trump e o Papa.
A profissional, cuja identidade permanece anónima, terá feito parte da equipa de 200 profissionais de saúde que tentou salvar a criança, que padecia de uma doença rara e mortal. Esta refere que todos adoravam a criança e tudo fizeram para a salvar. Contudo, houve um momento em que já nada havia a fazer.
"Fizemos tudo o que podíamos, embora todos achássemos que estava na hora de ele partir de forma pacífica nos braços dos seus pais. Não fizemos nada disto pelo Charlie, fizemo-lo pelos seus pais", afirmou a profissional, referindo-se aos últimos dias de vida da criança de 11 meses.
"Recentemente fizemo-lo por Donald Trump, pelo Papa e por Boris Johnson, que subitamente sabiam mais sobre doenças mitocondriais do que os especialistas", atirou.
Charlie acabou por morrer, recorde-se, no dia 28 de julho, dias antes de completar o seu primeiro aniversário. A criança tornou-se no protagonista de uma batalha judicial que envolvia os seus pais, que queriam levar a criança para os Estados Unidos, a fim de lhe conceder novos tratamentos. Apesar dos esforços, isso não chegou a acontecer e os próprios pais optaram por desligar as máquinas que permitiam à criança viver.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com