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Polícia dispersa com gás lacrimogéneo manifestantes contra referendo

A polícia mauritana dispersou hoje com gás lacrimogéneo manifestantes que protestavam em Nouakchott contra a realização no sábado de um referendo sobre uma revisão constitucional, a horas do último grande comício do Presidente, Mohamed Ould Abdel Aziz.

Polícia dispersa com gás lacrimogéneo manifestantes contra referendo
Notícias ao Minuto

22:35 - 03/08/17 por Lusa

Mundo Mauritânia

A intervenção policial ocorreu em Tevregh Zeina, no oeste da capital da Mauritânia, no momento em que os manifestantes se concentravam, em resposta à convocatória de uma coligação de partidos e movimentos que se opõem às alterações constitucionais.

Registaram-se factos semelhantes em outras duas zonas de Nouakchott: Arafat (sul) e Dar Naim (norte), indicou o porta-voz da coligação, Saleh Ould Henenna.

Os confrontos deram-se a menos de duas horas do início de um comício de Abdel Aziz no centro da capital, durante o qual este prometeu fazer "revelações importantes".

A alteração da Constituição submetida a referendo, que a oposição considera ilegal, prevê, por exemplo, a supressão de diversas instituições, entre as quais o Senado.

"Nós temos a obrigação de informar as autoridades das nossas atividades, mas não somos obrigados a esperar pela autorização delas", depois de elas terem proibido as manifestações, protestou o porta-voz, criticando "a ditadura que governa o país e os seus métodos abjetos".

"A polícia fez uso excessivo de gás lacrimogéneo contra os manifestantes", defendeu, indicando que houve casos de desmaio entre os opositores, um dos quais o presidente da organização antiesclavagista IRA, Biram Dah Abeid.

Paralelamente a estas manifestações de rua, 20 senadores contrários à revisão constitucional continuaram hoje o seu protesto sentados dentro do parlamento, que se encontra sob elevada vigilância policial.

"Recusamos que as pessoas nos venham visitar, tal como nos é recusada a entrada de refeições", protestou o porta-voz dos 20, o senador de Bassiknou (sudeste), Cheikh Ould Henenna, que, embora seja membro da maioria presidencial, dirige a ala que rejeita as alterações promovidas pelo Presidente ao nível parlamentar.

Deputados da oposição iniciaram um movimento semelhante ao nível da Assembleia Nacional, em sinal de apoio aos seus colegas senadores, indicou uma fonte parlamentar citada pela agência de notícias francesa AFP.

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