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Países muçulmanos denunciam "ações provocatórias" de Israel

Representantes dos países muçulmanos denunciaram hoje as "ações provocatórias" de Israel em torno da Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, durante uma reunião em Istambul para fornecer apoio aos palestinianos.

Países muçulmanos denunciam "ações provocatórias" de Israel
Notícias ao Minuto

18:24 - 01/08/17 por Lusa

Mundo Jerusalém

A reunião a nível ministerial dos 57 membros da Organização de Cooperação Islâmica (OCI) coincide com a tensão que permanece em torno da Esplanada na cidade velha de Jerusalém, apesar da retirada dos detetores de metais colocados por Israel em meados de julho, após um atentado a tiro que vitimou dois polícias israelitas e os três atacantes árabes-palestinianos.

Num comunicado emitido no final da reunião, a OCI "condena firmemente as recentes ações provocatórias de Israel, incluindo o encerramento da Esplanada das Mesquitas e a proibição imposta aos palestinianos, muçulmanos e cristãos, de rezarem nos seus locais santos em Jerusalém".

O grupo pan-islâmico afirma que a Esplanada igualmente venerada pelos judeus que designam o local por Monte do Templo, é "um santuário que pertence ao Islão".

Os ministros da OCI também rejeitaram qualquer medida israelita "suscetível de prejudicar o direito palestiniano de uma soberania plena sobre Jerusalém Leste [ocupada e anexada por Israel] enquanto capital do Estado da Palestina".

Ao dirigir-se à assembleia no início da reunião, o ministro dos Negócios Estrangeiros palestiniano, Riyad al-Malki, acusou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de procurar em permanência alterar o 'status quo' que vigora há várias décadas, e que permite aos muçulmanos o direito de rezarem na Esplanada de dia e de noite, enquanto os judeus podem deslocar-se a determinadas horas, mas sem promover orações.

"Netanyahu vai tentar impor o seu 'status quo' e devemos preparar-nos para a próxima sessão, que pode chegar em breve e poderá ser muito dura", declarou Malki.

A abolição das medidas israelitas "é uma pequena vitória numa longa batalha pela liberdade", acrescentou.

O chefe da diplomacia turca Mevlut Cavusoglu, cujo país assume a presidência em exercício da OCI, apelou por sua vez aos países muçulmanos para apoiarem os palestinianos "com atos e não com palavras".

"Devemos atuar para proteger a mesquita de Al-Aqsa e a Palestina", acrescentou, reiterando o apelo emitido há alguns dias pelo Presidente turco Recep Tayyip Erdogan quando exortou todos os muçulmanos a visitarem Jerusalém.

As entradas da esplanada estão controladas por Israel, que ocupou a parte oriental de Jerusalém em 1967, antes de a anexar.

Numerosas manifestações têm ocorrido após a instalação por Israel dos detetores de metais, e os confrontos entre forças israelitas e manifestantes palestinianos custaram a vida a sete palestinianos em Jerusalém Leste, na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Um palestiniano também matou três colonos judeus na Cisjordânia.

Netanyahu, confrontado com fortes pressões internacionais, recuou finalmente, ao anunciar primeiro a retirada dos detetores de metais, e seguidamente de todas as novas medidas de segurança.

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