Rússia refuta responsabilidade por situação na península coreana
A Rússia qualificou hoje sem fundamento as intenções dos "Estados Unidos e outros países" de responsabilizar Moscovo e Pequim pelo agravamento da crise na península coreana.
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Mundo Conflito
"Consideramos como insustentáveis as tentativas dos Estados Unidos e outros países de responsabilizarem a Rússia e a China pelo que aconteceu e de acusar Moscovo e Pequim de incentivar as ambições nucleares da Coreia do Norte", declarou num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.
Moscovo apelou às partes implicadas a evitar "qualquer passo que possa levar a uma nova escalada das tensões" na região, acrescenta a nota.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo propôs às partes envolvidas um diálogo baseado no roteiro de paz "desenhado pela Rússia e pela China".
"Lembramos que a Rússia e a China desenvolveram um roteiro conjunto que exclui o uso da força ou ameaça do seu uso e fornece uma solução abrangente para todos os problemas da península coreana, incluindo a nuclear, por meios políticos e através um diálogo sem condições prévias", lê-se na nota.
Enquanto Moscovo e Pequim prosseguem apostando nas negociações, Washington e os seus aliados têm enfatizado a necessidade de aumentar as sanções da ONU, assim como unilateralmente, em relação à Coreia do Norte.
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, disse no domingo que a China "sabe que deve atuar" na busca por uma solução para a situação da Coreia do Norte.
A diplomata insistiu que a China deve decidir se finalmente irá aumentar a pressão sobre Pyongyang, porque "o tempo das palavras já passou".
A Coreia do Norte lançou, na sexta-feira, com sucesso o segundo míssil balístico intercontinental em sua história.
O armamento, um Hwasong-14, voou 998 quilómetros durante 47 minutos e atingiu uma altitude máxima de 3.724,9 quilómetros antes de cair no Mar do Japão.
Após o teste, Pyongyang disse que seus mísseis podem chegar a qualquer ponto dos Estados Unidos.
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