755 diplomatas norte-americanos obrigados a deixar a Rússia
Anúncio foi feito por Vladimir Putin a uma televisão russa.
© Reuters
Mundo Diplomacia
O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou, numa entrevista ao canal de televisão Rossiya 1, que 755 diplomatas norte-americanos serão obrigados a deixar a Rússia, alegadamente devido às políticas de Washington.
"O lado americano fez um movimento que, é relevante notar, não surgiu de qualquer provocação e serve para piorar as relações entre a Rússia e os Estados Unidos. [Estão incluídas] restrições ilegais, tentativas de influenciar outros estados do mundo, e até aliados nossos, que pretendem desenvolver e manter relações com a Rússia", explicou o presidente.
Nesta senda, Putin referiu que já há algum tempo espera que algo "mude para melhor", mas "parece que não vai acontecer num futuro próximo", o que espoletou esta decisão.
"Está na hora de mostrar que nada ficará sem resposta", atirou o presidente russo.
Putin advertiu que a Rússia tem "um grande espectro" de possibilidades para responder ao último pacote de sanções.
"Temos muito a dizer e fazer em muitos âmbitos de cooperação bilateral [com medidas] que prejudicariam os Estados Unidos. Mas não creio que devamos fazê-lo. No dia de hoje, estou contra", afirmou o Presidente russo.
Para Putin, o lado norte-americano, "sem razão alguma, deu um passo para piorar as relações".
A Casa Branca já anunciou que o Presidente norte-americano, Donald Trump, assinará o novo pacote de sanções contra a Rússia, que entre outras medidas, ameaça castigar as empresas de países terceiros que invistam na construção ou manutenção das infraestruturas russas para o transporte de hidrocarbonetos.
Caso seja aplicada, esta medida prejudicaria várias empresas da União Europeia, que participam, inclusivamente com capital acionista, em vários gasodutos que unem a Rússia com os países europeus".
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, advertiu que a UE responderá aos EUA caso a nova lei contra a Rússia afete os seus interesses.
Recorde-se que, o Ministério das Relações Exteriores russo havia anunciado, esta semana, que a partir do dia 1 de agosto, a embaixada dos Estados Unidos estava proibida de utilizar armazéns na capital da rua, bem como a mansão que dispõe em Serebrianyi Bor.
Ainda na sexta-feira, o embaixador dos EUA em Moscovo, John F. Tefft, mostrou-se dececionado e contra a ordem do governo russo.
[Notícia atualizada às 20h50]
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