China repreende Botsuana por receber dalai-lama
Pequim repreendeu na quarta-feira o Botsuana, que planeia receber no próximo mês o exilado líder tibetano Tenzin Gyatso, 14.º dalai-lama, exortando o país africano a respeitar os "interesses fundamentais" da China.
© Reuters
Mundo Tenzin Gyatso
O dalai-lama deve participar numa conferência em Gaborone, entre 17 e 19 de agosto.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Lu Kang pediu ao Botsuana que "respeite" a soberania e integridade territorial da China e "tome a decisão certa" sobre a visita do 14.º dalai-lama.
"A China não interfere nos assuntos internos de outros países, mas não irá tolerar que um terceiro país afete os interesses fundamentais da China", disse Lu, em conferência de imprensa.
Este mês, o Governo do Botsuana disse que o Presidente do país, Ian Khama, vai reunir-se com Tenzin Gyatso, quando este visitar o país, mas o ministro das Relações Exteriores do Botsuana, Pelonomi Venson-Moitoi, não mencionou esta reunião quando na terça-feira referiu a "visita privada" do dalai-lama ao país.
No entanto, o responsável assegurou que Khama "irá demonstrar cortesia" para com o líder religioso e tratá-lo como "um dignitário estrangeiro" durante a visita.
A China é um importante parceiro de Botsuana, onde financiou a construção de fábricas de carvão, estradas, escolas e pontes.
O Governo chinês considera o líder espiritual dos tibetanos "um separatista" e condena os governos estrangeiros que o recebem. O dalai-lama diz querer mais autonomia para o Tibete, não a independência.
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