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Polícia israelita impede acesso de jornalistas a zonas da Cidade Velha

As forças policiais israelitas estão a impedir os jornalistas de entrar em diversas zonas da Cidade Velha de Jerusalém, no âmbito dos esforços para conter as tensões em torno da Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar mais sagrado do islão.

Polícia israelita impede acesso de jornalistas a zonas da Cidade Velha
Notícias ao Minuto

15:11 - 26/07/17 por Lusa

Mundo Jerusalém

Um porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld, disse hoje que "os jornalistas estão a ser impedidos de entrar nessas áreas específicas onde decorreram distúrbios e confrontos". Adiantou que a decisão é proveniente da direção da polícia distrital de Jerusalém.

Diversos repórteres referiam esta semana que estavam a ser impedidos de relatar os protestos em torno do santuário, enquanto os turistas mantinham total liberdade de movimentos na cidade e podiam filmar com os seus telemóveis.

A Associação da imprensa estrangeira disse que os jornalistas foram repelidos desses locais, originando uma "perigosa situação" na qual os jornalistas estão impedidos de trabalhar.

No campo diplomático, Israel e a Turquia prosseguiram as acusações sobre a crise em Jerusalém.

O porta-voz do ministério turco dos Negócios Estrangeiros, Huseyin Muftuoglu, acusou hoje Israel de emitir declarações "arrogantes", após a diplomacia israelita ter definido como "estranhas, absurdas e distorcidas" as declarações do Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que apelou os muçulmanos do mundo para visitarem a Esplanada das Mesquitas em Jerusalém.

Através de uma declaração, Muftuoglu "condenou" os comentários do ministério israelita dos Negócios Estrangeiros e apelou a Israel para acatar as suas responsabilidades "atuando com bom senso, repondo o 'status quo' [no lugar sagrado] e terminando com todas as restrições à liberdade de culto".

"Tentar ocultar o facto de que Jerusalém leste permanece sob ocupação não serve a paz e a estabilidade na região ou a resolução do conflito israelo-palestiniano", acrescentou.

Na terça-feira, Erdogan também acusou Israel de utilizar as medidas de segurança para apropriar dos lugares sagrados de Jerusalém venerados pelos muçulmanos.

Os palestinianos consideram por sua vez que o Estado hebraico está a tentar reforçar o controlo sobre a Esplanada das Mesquitas, enquanto o Governo de Benjamin Netanyahu insiste que as medidas de segurança se destinam a impedir novos ataques.

As principais instituições religiosas muçulmanas nos territórios palestinianos exortaram na terça-feira os fiéis a manterem os protestos em redor da Esplanada das Mesquitas apesar da retirada por Israel, durante madrugada, dos polémicos detetores de metais.

Representantes da Waqf (autoridade islâmica jordana responsável pela gestão do lugar sagrado), do Alto Comité Islâmico e das Cortes Sharia, para além do mufti de Jerusalém, Muhammad Ahmad Hussein, e outras personalidades relevantes, pediram aos muçulmanos para prosseguirem os protestos até que sejam clarificados os controlos que Israel vai impor em substituição dos detetores de metais.

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