Vítima de frade que violou cerca de 150 crianças conta a sua história
Daniel Pittet relata em livro, 40 anos depois, a história de como foi agredido sexualmente durante anos por um monge, em Friburgo, na Suíça. Fala em quase “200 atos de violação”.
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Mundo Livros
Daniel Pittet tinha apenas nove anos de idade quando começou a ser vítima de violação de Joël Allaz, um frade capuchinho que tinha recrutado o então acólito para a catedral de Friburgo, na Suíça, em 1968. O então menino acabaria por ser violado até aos 13 anos.
Agora com 58 anos de idade, Pittet apresenta o livro que relata a sua história, ‘Mon Père, je vous pardonne. Survivre à une enfance brisée’, conta o El País. O livro conta com prefácio escrito pelo Papa Francisco, que incentivou Daniel a partilhar as suas memórias, como exemplo de coragem.
Daniel, que agora tem seis filhos, descreve os abusos de que foi vítima entre 1968 e 1972, falando em quase “200 atos de violação”. “Após 18 anos de terapia, posso utilizar as palavras certas”, indica.
Joël Allaz era um dos monges mais conhecidos da altura, sendo famoso pelas suas homilias. “Enquanto ele dava homilias magníficas, eu via-o nu, como um porco velho”, lê-se no livro.
Suspeita-se que Joël Allaz, que era o capelão dos adolescentes de toda a Suíça francófona, tenha violado mais de 150 crianças mas apenas 24 fizeram queixa. Os primeiros processos acabaram por ser arquivado porque os crimes já estavam prescritos.
Allaz só chegaria a ser efetivamente acusado quando admitiu culpa na violação de dois menores, entre 1992 e 1995. Recebeu em dezembro de 2011 uma pena suspensa de dois anos de prisão.
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