Porta-voz da Casa Branca apresenta demissão
A notícia é avançada pelo New York Times.
© Reuters
Mundo Estados Unidos
Sean Spicer pediu, esta sexta-feira, a demissão.
De acordo com o New York Times, o assessor de imprensa da Casa Branca terá informado Donald Trump acerca da sua decisão, dizendo-lhe que estava em desacordo profundo com a escolha de Anthony Scaramucc, financeiro de Wall Street, para o cargo de diretor de comunicação.
Trump terá oferecido este cargo aScaramucci esta manhã e terá pedido a Sean Spicer que se mantivesse na Casa Branca. Segundo fonte da residência oficial do presidente norte-americano, o assessor não terá concordado com a escolha de Trump e decidiu demonstrá-lo desta forma.
O anterior diretor de comunicação da Casa Branca, Mike Dubke, demitiu-se do cargo em maio, após semanas de especulações sobre a possibilidade de alterações na estratégia comunicativa do Governo devido à polémica investigação russa.
Dubke trabalhou estreitamente com o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, o rosto público do Governo e alvo frequente de críticas pela sua abrupta comunicação com os jornalistas acreditados na Casa Branca.
Sean Spicer tem estado no centro de várias polémicas e ganhou protagonismo logo na primeira conferência de imprensa da era Trump, um dia depois da tomada de posse (a 20 de janeiro deste ano).
Diante de uma plateia de jornalistas, Spicer acusou os 'media' de terem mentido, sobre a fraca adesão pública à cerimónia, e garantiu que esta teve a maior assistência de uma tomada de posse "de sempre". Em sua defesa iria surgir outra figura próxima do círculo de Trump, a conselheira e ex-gestora da campanha presidencial Kellyanne Conway, que afirmou então que Spicer não forneceu informações falsas, mas sim "factos alternativos".
A postura hostil e agressiva de Spicer na sala de imprensa da Casa Branca tornou-se uma imagem de marca do porta-voz e acabou por ser satirizada por uma atriz de Hollywood num programa de humor do horário nobre da televisão americana. Envolveu-se numa nova polémica quando foi abordado numa loja em Washington por uma mulher a propósito das políticas de Trump e reagiu com uma frase que lhe valeu acusações de racismo: "Que grande país este é, que até lhe permite estar cá!".
A propósito da utilização de armas químicas na Síria, o porta-voz provocou nova controvérsia e indignação mundial quando, no início de abril, comparou o uso de armas químicas na guerra civil síria e o Presidente Bashar al-Assad ao Holocausto e a Hitler. Nos dias seguintes, desdobrou-se em desculpas e afirmou que tinha "traído a confiança" de Trump com tal comparação.
[Notícia atualizada às 17h56]
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