O caso do macaco que foi a tribunal por causa dos direitos de autor sobre uma foto que tirou com uma máquina roubada a um fotógrafo, em 2015, voltou esta manhã a ser discutido no tribunal, após a defesa ter apresentado recurso da decisão tomada.
Segundo a Associated Press, a audição chegou a durar 45 minutos. Nela, estiveram presentes três juízes de San Francisco e o debate chamou a atenção de vários estudantes de direito e cidadãos curiosos que, em tribunal, não conseguiram conter o riso, tal como os próprios juízes que, em determinados momentos, perderam a postura.
Na última audição, em janeiro de 2016, a decisão foi tomada contra Naruto, sob o argumento de que não existe o direito de processar alguém quando nunca houve uma indicação do Congresso norte-americano em aplicar as regras da autoria e proteção de direitos a animais.
A PETA, entidade que também surge em defesa dos direitos do macaco, exigiu que as receitas do livro onde estão incluídas as fotografias de Naruto fossem dadas à defesa. Pela voz do advogado David Schwarz, foi argumentado que "as imagens dos fotógrafos têm sempre direitos de autor e que, neste caso, Naruto é o autor".
Ainda durante a audição, a associação garante que, caso a decisão seja tomada a seu favor, o dinheiro será usado para a preservação dos habitats naturais de macacos como Naruto.
Aguarda-se agora pela decisão final do juiz responsável pelo caso.