Buscas intensas após ataque surpresa dos 'jihadistas' em Mossul
As forças iraquianas estavam hoje a esquadrinhar dois bairros da zona oeste de Mossul recuperados aos 'jihadistas', após um contra ataque mortífero reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico, indicaram responsáveis.
© Reuters
Mundo Síria
O ataque, no domingo à noite, lançou o pânico entre os habitantes que tinham regressado aos bairros de Tanak e Yarmuk, de onde os 'jihadistas' tinham sido expulsos há várias semanas pelas forças governamentais.
Os atacantes infiltraram-se na zona controlada pelo exército misturando-se com os civis deslocados que regressavam a casa, indicou o general Abdelwahab al-Saadi, um dos comandantes das unidades antiterroristas, os CTS.
"O grupo (de atacantes) veio com os deslocados e instalou-se no bairro de Tanak. Depois juntou-se e realizaram o ataque", explicou à agência France Presse.
Segundo um médico dos CTS, o ataque causou vários mortos, 15 a 20 dos quais eram 'jihadistas'.
O general al-Saadi disse ainda que as forças contraterroristas estão a "esquadrinhar Yarmuk casa a casa", adiantando que dois grupos de combatentes do Estado Islâmico estarão ainda neste bairro.
As forças iraquianas estão envolvidas desde 18 de junho na batalha violenta da reconquista da cidade velha de Mossul, zona densamente povoada e de ruas estreitas, onde se encontram as últimas bolsas de resistência 'jihadista'.
A ofensiva para conquistar Mossul ao Estado Islâmico iniciou-se a 17 de outubro. No final de janeiro, as forças iraquianas, que são apoiadas pela coligação internacional conduzida pelos Estados Unidos, reconquistaram a parte oriental da segunda cidade do Iraque e a 19 de fevereiro lançaram o assalto à zona ocidental.
Mais de 800.000 pessoas tiveram de fugir devido aos combates.
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