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UNICEF prevê 300.000 casos de cólera no Iémen até fim de agosto

A epidemia de cólera no Iémen, que já fez quase 1.300 mortos, poderá alcançar os 300.000 casos no final de agosto, advertiu hoje o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

UNICEF prevê 300.000 casos de cólera no Iémen até fim de agosto
Notícias ao Minuto

18:00 - 23/06/17 por Lusa

Mundo Epidemia

"Atingiremos provavelmente 300.000 casos no fim de agosto", partindo dos atuais quase 193.000, declarou à imprensa em Genebra a representante da UNICEF, Meritxell Relano, contactada por telefone.

A responsável recordou que a epidemia já fez 1.265 mortos, um quarto dos quais crianças, e que metade dos casos suspeitos registados até agora (192.983) são crianças.

"O número de casos continua a aumentar", avisou Relano, precisando que as 21 províncias do Iémen estão afetadas.

A cólera reapareceu em abril após uma primeira epidemia no ano passado.

Em Riade, a Arábia Saudita, que intervém há mais de dois anos no Iémen liderando uma coligação militar árabe, anunciou hoje um fundo de ajuda de 66,7 milhões de dólares (59,6 milhões de euros) a favor do programa de luta contra a cólera, patrocinado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e da UNICEF.

Esta ajuda, decidida pelo novo príncipe herdeiro, Mohammed ben Salman, responde a um apelo lançado pela OMS e pela UNICEF para o combate à cólera, o tratamento das águas e a melhoria das condições sanitárias no Iémen, precisou o diretor do Centro Salman de Socorro e Ajuda Humanitária, Abdallah Rabia.

Citado pela agência oficial Spa, Rabia acrescentou que a ONU deve dar provas "de firmeza perante aqueles que entravam a ação humanitária no Iémen", numa referência aos rebeldes Huthis, que controlam a capital, Sanaa, e grandes parcelas de território no norte do país, incluindo algumas das regiões mais afetadas pela cólera.

O Iémen é um país à beira da fome, advertiu a ONU.

Desde o início do conflito, 17 milhões de pessoas -- dois terços da população -- confrontam-se com carências alimentares, dos quais quase sete milhões estão próximos da fome, num país muito dependente da importação de alimentos.

"Trata-se da maior crise humanitária no mundo, neste momento", disse aos jornalistas a porta-voz do Programa Alimentar Mundial (PAM), Bettina Luescher.

Segundo a responsável, a sua agência espera poder distribuir alimentos a cerca de 6,8 milhões de pessoas no país durante o mês de junho.

Mais de 8.000 pessoas morreram desde o início, em março de 2015, de uma ofensiva militar de vários países, liderada pela Arábia Saudita, contra os rebeldes Huthis no Iémen.

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