Jovem assassinado a tiros durante repressão a manifestação opositora
Um jovem de 22 anos foi hoje assassinado a tiro quando funcionários da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militar) reprimiram uma manifestação opositora ao Governo, em Caracas.
© Getty Images
Mundo Venezuela
A vítima, segundo o alcaide de Chacao, Ramón Muchacho, foi identificada como David José Vallenilla Luís e morreu enquando era operado de urgência na Clínica El Ávila, por ter recebido três tiros no tórax.
Vídeos e sequências fotográficas divulgados através do Twitter, dão conta do momento em que um funcionário da GNB dispara à queima-roupa contra o jovem.
Pelo menos três outras pessoas ficaram feridas.
Hoje, a oposição venezuelana tentou marchar até à sede do Ministério Público, em Caracas, em apoio à Procuradora-Geral da República, Luísa Ortega Díaz, uma simpatizante do chavismo que nas últimas semanas tem questionado o Governo venezuelano.
Os manifestantes foram impedidos de chegar ao destino, pelas forças de segurança, com bombas de gás lacrimogéneo e jatos de água.
Em resposta um grupo de manifestantes tomou a auto-estrada Francisco Fajardo e, segundo imagens televisivas, tentaram entrar à força na Base Aérea Generalíssimo Francisco de Miranda, quando oficiais da GNB dispararam contra os opositores.
Na última segunda-feira, um jovem de 17 anos morreu depois de oficiais das forças de segurança atacarem, a tiro, uma manifestação opositora em Altamira, Chacao, no leste de Caracas.
Manifestantes opositores conseguiram captar em fotografias o momento em que oficiais das forças de segurança disparavam contra a população.
Segundo o provedor de justiça, Tarek El Aissami, três funcionários da GNB foram detidos.
Na Venezuela, as manifestações a favor e contra o Presidente Nicolás Maduro intensificaram-se desde 01 de abril último, depois de o Supremo Tribunal de Justiça divulgar duas sentenças que limitavam a imunidade parlamentar e em que aquele organismo assumia as funções do parlamento.
Entre queixas sobre o aumento da repressão, os opositores manifestam-se ainda contra a convocatória a uma Assembleia Constituinte, feita a 01 de maio último pelo Presidente Nicolás Maduro.
O número oficial de mortos é de 76.
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