Segundo precisou a emissora France Info, o pai, o irmão, a cunhada e a ex-mulher de Adam Djaziri, que morreu na tentativa de ataque, foram libertados na quarta-feira à tarde.

Os quatro elementos tinham sido detidos durante uma operação policial na casa de Adam Djaziri, em Plessis Pâté, nos subúrbios de Paris.

A operação ocorreu depois de Djaziri ter chocado intencionalmente com o seu carro contra uma carrinha da 'gendarmerie' francesa (força policial militarizada) na conhecida avenida parisiense dos Campos Elísios. No veículo do atacante, de 31 anos, foram encontradas botijas de gás e armas, incluindo uma metralhadora Kalachnikov.

O carro incendiou-se no momento do impacto com a carrinha policial, mas sem fazer vítimas, além do condutor.

Adam Djaziri, francês de origem tunisina, estava referenciado pelas autoridades desde 2015 por suspeitas de radicalização, mas os serviços secretos franceses não tinham elementos suficientes para justificar uma detenção ou uma condenação.

A ausência de registo criminal permitiu a Adam Djaziri ter autorização de posse de armas.

Os investigadores descobriram entretanto que o homem de 31 anos deixou uma carta em que jurava lealdade ao líder do grupo extremista Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al-Baghdadi.

Na carta, o atacante explicou como conseguiu enganar as autoridades ao afirmar que as armas que possuía eram para atividades desportivas.

O incidente de segunda-feira aconteceu cerca de duas semanas depois de um agente policial ter sido atacado junto da catedral de Notre Dame, no centro de Paris.

Nesse ataque, o agressor, que foi neutralizado pelas forças policiais e que reivindicou ser um "soldado" do grupo extremista EI, atacou o agente com um martelo quando este patrulhava a praça em frente da catedral.

Os últimos ataques perpetrados em França têm tido como alvo as forças de ordem e um deles também ocorreu na avenida parisiense dos Campos Elísios.

A 20 de abril, o polícia Xavier Jugelé, de 37 anos, foi abatido a tiro na avenida parisiense por um terrorista, num ataque que foi reivindicado pelo EI. Dois outros agentes policiais ficaram feridos no ataque, que ocorreu alguns dias antes da primeira volta das recentes eleições presidenciais francesas.

Antes já tinham ocorrido outros ataques, sem vítimas mortais, no Museu do Louvre e no aeroporto internacional de Orly que visaram militares franceses.