Mélenchon diz que alta abstenção resulta de "greve geral cívica"
O líder do partido de esquerda França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon, classificou como "uma boa notícia" a elevada abstenção na segunda volta das legislativas de hoje, porque na sua opinião resulta de uma "greve geral cívica" dos franceses.
© Reuters
Mundo França
Nestas eleições, "houve boas notícias". "A primeira é a avassaladora abstenção, que tem um significado político", disse Mélenchon.
"O nosso povo entrou numa greve geral cívica", disse o líder da extrema esquerda francesa, no seu discurso, a celebrar a sua eleição como deputado, pela primeira vez.
Segundo as projeções, a França Insubmissa alcançará o seu objetivo de formar um grupo parlamentar, conquistando entre 15 e 30 assentos na Assembleia Nacional.
"A França Insubmissa terá um grupo parlamentar coerente, disciplinado, aguerrido; todos os que quiserem unir-se a ele serão bem-vindos", disse o ex-senador socialista e quarto candidato mais votado nas últimas presidenciais, em que obteve quase 20% dos votos.
As eleições de hoje ficam marcadas pela elevada abstenção, já que a participação terá sido de 42%, um mínimo histórico na V República.
"Vejo nesta abstenção uma energia disponível para que saibamos apelar ao combate. Agora é preciso passar da abstenção à ofensiva", disse Mélenchon.
Para o político de esquerda, o partido do Presidente francês, A República em Marcha, que terá alcançado uma maioria absoluta, "não tem legitimidade para perpetrar o golpe de Estado social previsto", numa referência à reforma laboral planeada pelo novo Presidente e à nova legislação antiterrorista.
"Informo o novo poder: nem um metro de terreno social será cedido sem luta", alertou, exigindo a Macron que submeta a referendo as suas reformas.
O partido do Presidente francês, Emmanuel Macron, terá obtido hoje a maioria absoluta, entre 355 e 425 assentos, num total de 577, segundo as sondagens à boca da urna.
O partido de direita Os Republicanos terá obtido 97 a 130 lugares e o Partido Socialista entre 27 e 49, enquanto a extrema direita garantiu a eleição de quatro a oito deputados e a esquerda radical (França Insubmissa e Partido Comunista) um total de 10 a 30 assentos.
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