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Mélenchon diz que alta abstenção resulta de "greve geral cívica"

O líder do partido de esquerda França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon, classificou como "uma boa notícia" a elevada abstenção na segunda volta das legislativas de hoje, porque na sua opinião resulta de uma "greve geral cívica" dos franceses.

Mélenchon diz que alta abstenção resulta de "greve geral cívica"
Notícias ao Minuto

21:01 - 18/06/17 por Lusa

Mundo França

Nestas eleições, "houve boas notícias". "A primeira é a avassaladora abstenção, que tem um significado político", disse Mélenchon.

"O nosso povo entrou numa greve geral cívica", disse o líder da extrema esquerda francesa, no seu discurso, a celebrar a sua eleição como deputado, pela primeira vez.

Segundo as projeções, a França Insubmissa alcançará o seu objetivo de formar um grupo parlamentar, conquistando entre 15 e 30 assentos na Assembleia Nacional.

"A França Insubmissa terá um grupo parlamentar coerente, disciplinado, aguerrido; todos os que quiserem unir-se a ele serão bem-vindos", disse o ex-senador socialista e quarto candidato mais votado nas últimas presidenciais, em que obteve quase 20% dos votos.

As eleições de hoje ficam marcadas pela elevada abstenção, já que a participação terá sido de 42%, um mínimo histórico na V República.

"Vejo nesta abstenção uma energia disponível para que saibamos apelar ao combate. Agora é preciso passar da abstenção à ofensiva", disse Mélenchon.

Para o político de esquerda, o partido do Presidente francês, A República em Marcha, que terá alcançado uma maioria absoluta, "não tem legitimidade para perpetrar o golpe de Estado social previsto", numa referência à reforma laboral planeada pelo novo Presidente e à nova legislação antiterrorista.

"Informo o novo poder: nem um metro de terreno social será cedido sem luta", alertou, exigindo a Macron que submeta a referendo as suas reformas.

O partido do Presidente francês, Emmanuel Macron, terá obtido hoje a maioria absoluta, entre 355 e 425 assentos, num total de 577, segundo as sondagens à boca da urna.

O partido de direita Os Republicanos terá obtido 97 a 130 lugares e o Partido Socialista entre 27 e 49, enquanto a extrema direita garantiu a eleição de quatro a oito deputados e a esquerda radical (França Insubmissa e Partido Comunista) um total de 10 a 30 assentos.

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