As autoridades "foram notificá-lo de que tem um processo" judicial no Panamá, "o que implica a apresentação automática às autoridades" e "estará detido" até que os advogados paguem a fiança, disse Cortés.
A advogada, ex-ministra do Trabalho de Martinelli e umas das suas mais próximas colaboradoras, disse que esperava comunicar em breve com os advogados do ex-presidente nos Estados Unidos para saber "como este se encontra".
O ex-presidente era alvo de uma ordem de busca e captura da Interpol desde o passado dia 21 de abril, solicitada pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ) do Panamá, que o investiga pela alegada interceção de comunicações privadas durante a sua administração.
Martinelli não regressa ao Panamá desde janeiro de 2015, quando o STJ abriu uma dezena de casos em que é investigado, a maioria por alegada corrupção.
A notificação da Interpol está sustentada em alegados crimes "contra a inviolabilidade do segredo e direito à intimidade (interceção de comunicações sem autorização judicial)" e crimes "contra a administração pública em diferentes formas de peculato", de acordo com informação oficial.
O Panamá pediu aos Estados Unidos em setembro do ano passado para deterem e extraditarem Martinelli, que o STJ quer interrogar devido a acusações de que ordenou a interceção de comunicações a quase duas centenas de pessoas quando foi Presidente.