Joseph Muscat reconduzido primeiro-ministro de Malta
O primeiro-ministro cessante de Malta, Joseph Muscat, foi hoje reconduzido para um segundo mandato com a promessa de legalizar o casamento homossexual quando o parlamento se reunir nas próximas semanas.
© Reuters
Mundo Eleições
Os resultados oficiais indicam que o Partido Trabalhista garantiu 55% dos votos nas eleições legislativas de sábado, com a coligação da oposição Força Nacional a obter 44% dos sufrágios, a mesma margem que obteve na sua primeira vitória em 2013.
As últimas sondagens divulgadas na véspera do escrutínio davam uma vantagem de mais de quatro pontos percentuais ao Partido Trabalhista (41,1%) face ao Partido Nacionalista (36,9%), com 22% dos eleitores indecisos.
Muscat convocou eleições antecipadas com um ano de antecedência para consolidar o seu poder e evitar instabilidade política, após a sua mulher Michelle ter surgido em abril nos "Papéis do Panamá", que tem revelado fugas aos impostos em paraísos fiscais, como proprietária de uma empresa fantasma. Ambos negaram qualquer irregularidade.
Os "Papéis do Panamá" têm exposto as identidades de ricos e poderosos em todo o mundo com empresas 'offshore' no Panamá, incluindo o ministro da Energia de Muscat, e chefe de gabinete.
O arquipélago de Malta, com uma sociedade tradicionalmente conservadora, introduziu a união civil em 2014.
O pequeno território insular situado centro do Mediterrâneo, entre a Europa e África, e com 423.000 habitantes, é Estado-membro da União Europeia (UE) desde maio de 2004.
Atualmente assume a presidência rotativa do Conselho Europeu, mas há alguns meses foi apontada pela rede mediática European Investigative Collaborations (EIC) como refúgio para supostas práticas de fraude e evasão fiscal.
Em maio, esta rede divulgou os 'Papéis de Malta', onde definia a pequena ilha como um paraíso desconhecido da "evasão fiscal e da corrupção".
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