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Zapatero visitou opositor venezuelano Leopoldo López na prisão

O ex-presidente do Governo espanhol José Luis Rodríguez Zapatero visitou o dirigente da oposição venezuelana Leopoldo López na prisão militar de Ramo Verde, no estado de Miranda, onde este cumpre uma pena de quase 14 anos de cadeia.

Zapatero visitou opositor venezuelano Leopoldo López na prisão
Notícias ao Minuto

06:17 - 05/06/17 por Lusa

Mundo Ex-primeiro-ministro

"O presidente Zapatero foi autorizado a entrar em Ramo Verde e mantivemos uma conversa com muito respeito", diz uma mensagem publicada na conta da rede social Twitter de Leopoldo López, a qual é gerida pela sua mulher, Lilian Tintori.

A ministra dos Negócios Estrangeiros venezuelana, Delcy Rodríguez, e o autarca do município Libertador de Caracas, o 'chavista' Jorge Rodríguez, também estiveram na visita, segundo indicou Lilian Tintori, sem facultar mais detalhes.

Zapatero visitou López há precisamente um ano, altura em que desempenhava o papel de mediador num processo de diálogo político entre o Governo do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e a coligação da oposição Mesa da Unidade Democrática (MUD).

Estas negociações tinham como objetivo, entre outros, a libertação de membros da oposição, considerados "presos políticos" pela MUD, mas terminaram no início do ano devido ao incumprimento dos primeiros acordos, com as duas partes a acusarem-se mutuamente por esse desfecho.

Através da conta no Twitter de López foi também divulgado um vídeo que mostra o político a falar sobre a onda de manifestações antigovernamentais que a Venezuela vive desde o início de abril e que fez pelo menos 65 mortos e mais de mil feridos, segundo o mais recente balanço.

O também antigo autarca do município Chacao de Caracas apelou aos venezuelanos para continuarem nas ruas e expressou as suas condolências aos familiares daqueles que "foram brutalmente assassinados pela repressão" dos protestos por parte das autoridades.

López apontou que as manifestações nas ruas se justificam devido à crise económica em que se encontra mergulhado o país, a braços com uma inflação de três dígitos e a queda dos preços do petróleo, a principal fonte de receita do Estado, e atendendo à escassez de alimentos e medicamentos que se regista há dois anos.

"Precipita-se uma luta crítica, estamos num momento histórico e eu tenho a certeza que vamos sair vitoriosos", afirmou López na mensagem de vídeo divulgada um mês depois de publicada uma prova de vida do dirigente da oposição para pôr termo a rumores relativos a supostos problemas de saúde.

López foi condenado a quase 14 anos de prisão, acusado de incitar a violência que se gerou após uma marcha antigovernamental em fevereiro de 2014, um ato que deu início a uma onda de protestos que causou 43 mortos e centenas de feridos.

Depois da sentença, Franklin Nieves, um dos promotores do Ministério Público que acusaram Leopoldo López, fugiu da Venezuela, afirmando ter sido alvo de pressões para fazer acusações falsas que o forçaram a sair da Venezuela.

"Decidi sair com a minha família da Venezuela, em virtude da pressão que o Executivo e os meus superiores hierárquicos exerciam para que continuasse a defender as provas falsas com as quais se condenou o cidadão Leopoldo López", disse, em outubro de 2015, um mês depois de o líder do partido opositor Vontade Popular ter sido considerado culpado.

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