Trudeau "profundamente desapontado" com decisão dos EUA
O primeiro-ministro canadiano Justin Trudeau mostrou-se hoje "profundamente desapontado" com a retirada dos Estados Unidos da América (EUA) do Acordo de Paris, anunciada na quinta-feira pelo Presidente Donald Trump.
© Lusa
Mundo Acordo de Paris
"Estamos profundamente desapontados" com a decisão do governo dos Estados Unidos de "retirar o país do Acordo de Paris. O Canadá mantém-se inabalável no compromisso de luta contra as Alterações Climáticas e apoio do crescimento económico sustentável. Os canadianos sabem que precisamos de tomar medidas decisivas e coletivas para enfrentar as muitas duras realidades do clima em mudança", refere Justin Trudeau numa mensagem publicada no seu site oficial.
O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na quinta-feira a retirada dos EUA do Acordo de Paris -- assinado em 2015 por quase 200 países e ratificado por 147 -, dizendo que este pacto coloca em "permanente desvantagem" a economia e os trabalhadores norte-americanos, tendo proposto renegociar um "melhor" e "mais justo".
Referindo que a decisão dos EUA é "desanimadora", Justin Trudeau garante que o Canadá continua "inspirado pelo impulso crescente em todo o mundo no combate às alterações climáticas e na transição para economias de crescimento sustentável".
"Somos todos guardiões deste mundo e é por isso que o Canadá irá continuar a trabalhar com os EUA ao nível estatal, bem como com outras partes interessadas, para abordar as alterações climáticas e promover o crescimento sustentável. Iremos também continuar a abordar o governo norte-americano para discutir este assunto de importância crucial para a humanidade", lê-se na mensagem.
Portugal ratificou o acordo de Paris em 30 de setembro de 2016, tornando-se o quinto país da União Europeia a fazê-lo e o 61.º do mundo.
O acordo histórico teve como "arquitetos" centrais os Estados Unidos, então sob a presidência de Barack Obama, e a China, e a questão dividiu a recente cimeira do G7 na Sicília, com todos os líderes a reafirmarem o seu compromisso em relação ao acordo, com a exceção de Donald Trump.
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