Berlim responde a Trump: Excedentes comerciais "não são bons nem maus"
O governo alemão considerou hoje que os excedentes comerciais que motivaram um reparo do Presidente norte-americano, Donald Trump, resultam de fatores de mercado, pelo que "não são nem bons nem maus".
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Mundo Governo
O comentário do porta-voz do governo alemão, Georg Streiter, surge horas depois de ter sido noticiado que Trump afirmou, perante líderes europeus, que a Alemanha era "má, muito má" para o comércio. Trump referia-se ao êxito das empresas automóveis alemãs e de outros setores nos EUA.
Streiter não comentou diretamente a notícia, mas disse que os excedentes comerciais da Alemanha refletem fatores económicos que o Governo alemão não controla diretamente.
"[Os excedentes da balança comercial] Também são causados por fatores que não podem, pelo menos diretamente, ser influenciados por medidas políticas financeiras na Alemanha, como por exemplo o preço do petróleo ou a taxa de câmbio do euro, mas também fatores estruturais como os desenvolvimentos demográficos", salientou.
Já hoje, o assessor económico de Trump confirmou a frase do Presidente norte-americano que saiu nas notícias, mas afirmou que este não tem qualquer problema com a Alemanha, apenas com o "comércio" com esse país.
"Ele (Trump) disse que são muitos maus para o comércio, mas ele não tem um problema com a Alemanha", explicou aos jornalistas o principal assessor económico da Casa Branca, Gary Cohn.
O assessor acompanha Trump na cimeira de líderes do G7 que arrancou hoje em Taormina, Itália.
Alguns dos participantes nos encontros que Trump manteve quinta-feira em Bruxelas terão comentado que o Presidente dos EUA tinha qualificado os alemães como "maus, muito maus".
"Olhem para os milhões de carros que eles vendem nos Estados Unidos. Vamos pará-los", comentou Trump, segundo o Der Spiegel.
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