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"Manchester é para todos". O emotivo testemunho que se tornou viral

Ian foi entrevistado pela BBC junto a um dos locais da cidade onde é possível dar sangue.

"Manchester é para todos". O emotivo testemunho que se tornou viral
Notícias ao Minuto

14:37 - 24/05/17 por Pedro Filipe Pina

Mundo BBC

O ataque em Manchester tem-nos mostrado um sem número de exemplos de resiliência e solidariedade de habitantes de Manchester. Mas entre os muitos testemunhos, há um que se tem destacado.

Falamos de Ian, um britânico entrevistado pela BBC junto a uma das clínicas onde é possível dar sangue.

A cadeia britânica partilhou o testemunho no Facebook e, em menos de 24 horas, já mais de cinco milhões viram o vídeo, que conta igualmente com milhares de partilhas.

De voz embargada, visivelmente emocionado, Ian falou da sua Manchester, a cidade que, palavras do próprio, "é de todos". E que assim deve ser na resposta ao bárbaro ataque que vitimou 22 pessoas e feriu outras 64.

“Podemos reagir de muitas maneiras. Podemos reagir com raiva ou podemos reagir agindo. Porque é que fiquei nesta cidade 17 anos? Porque esta cidade é uma comunidade. Não quero saber em que acreditas nem de onde és, esta cidade é para todos”, diz Ian.

E prossegue: “Eles querem dividir-nos. Querem que nos viremos contra os nossos vizinhos e isso nunca vai acontecer. Não aqui”, assegura.

Ian trabalhou como bartender na Manchester Arena sala de espetáculos há uns anos e lembra que ao longo do tempo viu “milhares de pessoas que vinham [à Manchester Arena] para um concerto mas que diziam sempre que adoravam esta cidade”.

“O que podemos fazer”, pergunta Ian a dada altura na reação ao ataque. “Tudo o que pudermos para mostrar apoio uns aos outros. Vou ficar nesta cidade e andar e sorrir às pessoas. É tudo o que posso fazer. Andar por aí e sorrir às pessoas. Temos de olhar uns pelos outros, não é?”

Com um folheto na mão sobre as doações de sangue, Ian conta que o local estava cheio e que nem ia ser preciso dar sangue. As autoridades britânicas, saliente-se, adiantaram a dada altura desta terça-feira que já tinham todas as provisões de sangue necessárias.

Não foi preciso dar sangue ontem. Mas Ian assegura que vai voltar. Porque ajudar “não pode ser só hoje. Temos de perceber que temos de dar apoio uns aos outros”.

Eis Ian, pela voz do próprio.

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